“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14411

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor RECURSOS EVERALDO
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Nathália Nogueira Leite
Orientador PATRICIA FELICIANO PEREIRA
Outros membros Eliane Rodrigues de Faria, Franciane Rocha de Faria, HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Índice de adiposidade visceral e alterações metabólicas em adolescentes
Resumo Introdução: A distribuição da gordura corporal exerce grande influência sobre o risco cardiometabólico. Estudos epidemiológicos têm abordado a maior influência da gordura central nas anormalidades associadas à obesidade. Assim, o Índice de Adiposidade Visceral (IAV) tem sido proposto como um novo marcador de acúmulo e disfunção do tecido adiposo visceral. Nessa perspectiva, faz-se importante conhecer mais sobre esse índice e sua relação com as alterações metabólicas na adolescência. Objetivos: Estimar a prevalência de alterações cardiometabólicas de acordo com o IAV em adolescentes do município de Viçosa, Minas Gerais (MG). Metodologia: Estudo transversal, com 800 adolescentes (414 meninas e 386 meninos), de 10 a 19 anos, selecionados por meio de amostragem aleatória simples nas escolas públicas e privadas de Viçosa (MG). Foram aferidos peso, estatura e perímetro da cintura e, a partir dessas medidas, foi calculada a relação cintura/estatura (RCE). A composição corporal foi avaliada utilizando-se a densitometria óssea de dupla emissão (DEXA). Além disso, o perfil lipídico (LDL, HDL, triglicerídeos) e glicídico (glicemia de jejum e insulinemia) foram determinados. O IAV foi calculado para os sexo masculino VAI = (CC/39,68+(1,88 x IMC)) x (TG/1,03) x (1,31/HDL) e para o sexo feminino VAI = (CC/36,58+(1,89 x IMC)) x (TG/0,81) x (1,52/HDL). O IAV foi considerado elevado para valores ≥p90 (3,18 e 5,01, para sexo masculino e feminino, respectivamente). As análises foram conduzidas no software SPSS, versão 20.0. As variáveis categóricas foram descritas por meio de frequências absolutas e relativas e avaliadas por meio do qui-quadrado ou do teste Exato de Fisher. O nível de significância adotado foi de α=5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (Of. Ref. N° 0140/2010 e Of. Ref. N° 674.045/2014). Resultados: Adolescentes do sexo masculino com elevado IAV apresentaram maior prevalência de gordura corporal elevada (46,9% vs. 15,4%, p=0,01), RCE elevada (52,6% vs. 10,3%), hiperinsulinemia (26,3% vs. 5,2%), hipertrigliceridemia (97,4% vs. 6,9%), bem como maior prevalência de baixos níveis de HDL (94,7% vs. 98,4%; p = 0,01) em relação àqueles que apresentaram valores mais baixos do índice. Em relação ao sexo feminino, adolescentes com elevado IAV apresentaram maior prevalência de gordura corporal elevada (57,1% vs. 32,4%; p=0,004), RCE elevada (46,3% vs. 22,8%; p=0,001) e hiperinsulinemia (36,6% vs. 9,9%; 0,01), hiperglicemia (4,9% vs. 0,3%; p = 0,03), hipertrigliceridemia (100% vs. 0%; p = 0,01) em relação àquelas que apresentaram valores mais baixos do IAV. Ainda, em valores do IAV elevados houve maior prevalência de baixas concentrações de HDL (80,5% vs. 28,7%; p = 0,01). Conclusão: A prevalência de alterações cardiometabólicas foi maior em adolescentes com elevado IAV em ambos os sexos. Portanto, o IAV é uma possível alternativa para identificação precoce do risco cardiometabólico.
Palavras-chave Adolescente, Índice de Adiposidade Visceral, Obesidade.
Forma de apresentação..... Painel
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