“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14325

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Zootecnia
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Elias Antonio Costa Lopes
Orientador MARCOS INACIO MARCONDES
Outros membros Erollykens Ferreira Santos, Jardeson de Souza Pinheiro, Valber Carlos Lima Morais
Título Processamento de concentrados proteicos para o aumento da PNDR
Resumo A proteína bruta (PB) da dieta é dividida em proteína degradada no rúmen (PDR) e proteína não degradada no rúmen (PNDR) em ruminantes. Os microrganismos ruminais utilizam a PDR para a síntese de proteína microbiana (Pmic). Esta, em conjunto com a PNDR, são as principais fontes de aminoácidos disponíveis para absorção no intestino. Uma das alternativas de reduzir a degradação ruminal da PB é o processamento térmico, devido à desnaturação da proteína por quebra de pontes de hidrogênio e ligações dissulfeto, reduz sua solubilidade ruminal e diminui a sua taxa de degradação, aumentando a PNDR (Van Soest, 1982). Assim, objetivamos identificar a melhor forma de maximizar a PNDR dos alimentos proteicos utilizando duas formas de processamento térmico: método 1 (M1) – micro-ondas; e método 2 (M2) – radiação infravermelha. Inicialmente foram obtidas diferentes amostras de alimentos, farelo de soja (Glycine max (L.) Merr), farelo de trigo (Triticum aestivum), farelo de algodão 38% (Gossypium hirsutum), Promil®, Refinazil®, caroço de algodão (Gossypium hirsutum) e soja grão (Glycine max (L.) Merr). Todas as amostras foram processadas a 2 mm e pesadas em porções iguais de 300 g. Dessa maneira todas as amostras foram aquecidas em cada um dos métodos. Previamente testamos vários tempos em M1 e M2 de forma a identificar os tempos que maximizariam o conteúdo de PNDR utilizando o farelo de soja como alimento padrão. Dessa maneira chegamos aos tempos de 30 e 38 minutos para o M1, 60 e 91 minutos para o M2. Após o tratamento térmico, seguiu-se a incubação in situ utilizando sacos de náilon (Sefar Nitex; Sefar, Suíça) com porosidade de 50 μm com dimensões de 8 × 15 cm. Em cada saco foram acondicionadas aproximadamente 6 g de amostra seca ao ar. Utilizamos 4 novilhos Nelore com peso médio de 450 kg, fistulados no rúmen, recebendo silagem de milho e concentrado com uma relação (v:c) 80:20. As amostras ficaram incubadas por 16 h, sendo todas amostras colocadas aos mesmo tempo nos animais. Os resíduos pós incubação e os alimentos foram analisados para PB e matéria seca. Assim a degradabilidade da PB é igual a PB(g) incubada menos a PB(g) do resíduo dividido pela PB(g) incubada vezes 100. Os dados foram analisados segundo um delineamento inteiramente casualizado, através do procedimento MIXED do SAS 9.4 (SAS, 2008), considerado significativo quando P < 0,05. Ambos os métodos foram eficientes na redução da degradabilidade da PB no rúmen (P < 0,001). Também não foi observada interação tratamento x alimento para M1 (P > 0,288) e M2 (P > 0,055). Ainda para M1 não foi significativo o tempo de aquecimento (P > 0,001) e a degradação ruminal foi de 30%, diferente do M2 que foi significativo os tempos de 60 e 91 min (P < 0,001) e os resultados da degradação ruminal foram de 62% e 57%, respectivamente. Concluimos que ambos métodos de processamento são capazes de aumentar a PNDR de concentrados proteicos.
Palavras-chave degradação ruminal, processamento de alimentos, proteína não degradável no rúmen
Forma de apresentação..... Painel
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