“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14435

ISSN 2237-9045
Instituição Centro Universitário de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Psicologia
Setor Departamento de Economia Doméstica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Viviane Sudré
Orientador Bernardo Sollar Godoi
Outros membros Ana Paula Gomes, Larissa E. Padilha, SIMONE CALDAS TAVARES MAFRA, Stephane Vitória M. de Freitas
Título Analisando a música “Envelhecer” a luz da teoria do “Sujeito não Envelhece” de Ângela Mucida
Resumo O livro O Sujeito não Envelhece: Psicanálise e Velhice, de Ângela Mucida, discute a perspectiva do envelhecimento fundamentada na psicanálise, dando especial atenção à ressignificação dessa etapa da vida pela pessoa idosa. O ponto de tensão se refere, principalmente, à condição em que o discurso sobre a velhice reduz o sujeito à condição de invisibilidade social justamente na operação que o aloja (e o isola) na categoria “velhice”. Trata-se de uma categoria estigmatizante, vinculada, frequentemente, à inutilidade, à falta de desejo e de sexualidade, a um período relacionado ao retraimento da vida pública e à deterioração física e cognitiva. Dessa forma, o estudo objetivou, também, colaborar com a desconstrução dos significantes engessados sobre a velhice, que reforçam a predominância de um sentido utilitário – “não serve para nada” –, cristalizado no discurso coletivo sobre essa etapa da vida. Com a análise da música “Envelhecer”, foi possível refletir sobre a ideia de “narcisismo e imagem do corpo” quando ela destaca que as perdas físicas revelam outro corpo (cabelo ralo, barba descendo) que possibilita outro significado para o novo eu. A música também destaca a oportunidade de um novo futuro (sem filhos e com tempo para novos projetos) em um momento da vida que a novidade não é esperada. A percepção de um corpo estranho para o sujeito que vive a velhice também pode ser abordada na música com elementos que fornecem um olhar simbólico e imaginário do real, como “estar no meio do ciclone” e querer “que o tapete voe”. Os estranhamentos causados pela velhice podem justificar determinadas rotinas - que são denominadas, pejorativamente, de "mania de velho" - como forma de assegurar alguma regularidade em um momento instável da vida (tendo em vista as mudanças físicas e cognitivas). No entanto, há vivências proporcionadas pela velhice que ressignificam o cotidiano do sujeito: o familiar em uma nova perspectiva. E a música auxilia para entender isso: o som da sirene que retira o sujeito de uma zona confortável e o faz “levantar do sofá”; a vontade de escutar “Rita Pavone”; a panela de pressão e a pia pingando, que reafirmam a inconstância da vida. Tudo isso oportuniza o sujeito a viver o “familiar” e o “não familiar” no processo de envelhecer em seu cotidiano, seja habitando ou não a “casa da velhice”. Essas situações lhe dizem mais respeito do que os significantes sociais cristalizados em uma rede coletiva que proporciona determinações puramente instrumentais.
Palavras-chave Velhice, psicanálise, significante
Forma de apresentação..... Painel
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