“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14181

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Danilo de Souza Neves
Orientador CARLOS FRANKL SPERBER
Título Relação entre áreas urbanas e alterações na cobertura florestal da bacia do Rio Doce.
Resumo A rápida ocupação do território brasileiro ocasionou um desmatamento expressivo do bioma Mata Atlântica que atualmente possui apenas 8,5% da área original. O processo de fragmentação desse bioma na bacia hidrográfica do Rio Doce, localizada nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, é resultado do processo da construção de cidades, implantação de infraestrutura viária, atividades minerarias e agrícolas. Testamos a hipótese de que quanto maior a proximidade com cidades e maior sua quantidade maior a alteração da cobertura por fragmentos florestais na bacia do Rio Doce. Nosso objetivo, foi testar essa hipótese, a partir de informações do Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas), comparando a cobertura do solo para os anos de 2000 e 2010, em 30 pontos na calha ou afluentes do Rio Doce, abrangendo as regiões do alto, médio e baixo Rio Doce. A análise e mensuração dos dados para os dois anos foi realizada em ambiente de Sistema de Informações Geográficas (SIG), com o software livre Qgis 3.10 'A Coruña'. Calculamos o percentual de variação na área dos fragmentos florestais inseridos em um buffer de 02 km a partir de cada um dos 30 pontos, e sua relação ao número de cidades no buffer e sua distância mínima ao ponto. Ajustamos uma regressão linear múltipla, com distribuição normal, no software livre R. Diferentemente do esperado, os resultados mostraram que para o período analisado nenhuma das duas variáveis testadas tem relação com as alterações na área dos fragmentos florestais (F2,27 = 0.23 e P= 0.79). Nossos resultados mostraram que a dinâmica da cobertura florestal nesse período de 10 anos não se relacionou à proximidade de cidades. Embora tenham havido aumentos (máximo de 52%) e reduções (máx. de 38%) de cobertura florestal em algumas das áreas analisadas, descartamos a relação com quantidade ou proximidade de áreas urbanas. A matriz de correlações entre a variação das coberturas de solo indicou que a variação da cobertura florestal se correlacionou à variação de cobertura por pastagens, sugerindo que o fator determinante das florestas seria o aumento ou redução nas pastagens. No entanto a variação nos dois tipos de cobertura (floresta versus pastagem) também não foi significativa (F1,18=0.38, P=0.54). É possível que não tenhamos encontrado resultados significativos devido à escala grosseira destes dados para buffers de 20 km, uma vez que os dados do Mapbiomas são de aplicações regionais, e generalizam os tipos de cobertura, o que pode mascarar padrões em escalas espaciais mais finas. Uma análise mais fina, a partir de classificação supervisionada de imagens do Google Earth Pro, estão em andamento. Este estudo é um piloto para estabelecer a utilidade destes dados para explicar alterações na cobertura de solo. Os resultados indicam a necessidade de mapas em menor escala espacial, de forma a distinguir com maior precisão os tipos de cobertura de solo.
Palavras-chave Fragmentos florestais, urbanização, desmatamento.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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