“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13808

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Probabilidade e estatística
Setor Instituto de Ciências Agrárias - Campus Rio Paranaíba
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Matheus Romano Souza
Orientador ANDRE MUNDSTOCK XAVIER DE CARVALHO
Outros membros Davi Leite de Souza, EDER MATSUO
Título Importância da análise de variância preliminar na análise de experimentos fatoriais
Resumo Na análise de variância de experimentos fatoriais é comum se proceder diretamente ao desdobramento do efeito global de tratamentos, calculando-se apenas o F para os fatores e para a interação. Alguns poucos estatísticos consideram, no entanto, que o desdobramento, mesmo sendo ortogonal, não deveria ser realizado caso a ANOVA geral não apontasse um efeito significativo para os tratamentos como um todo. Tal recomendação é desconhecida ou amplamente ignorada nos principais livros textos de estatística experimental e aplicativos de análise, o que pode conduzir a maiores taxas de erro tipo I, já que os testes de médias posteriores podem indicar diferenças significativas quando não se utiliza critério de proteção, como o teste F. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a importância da ANOVA geral preliminar na análise de experimentos fatoriais. O estudo foi conduzido a partir da simulação de dados de 2000 experimentos, separados em dois grupos: um de alto coeficiente de variação (CV entre 25 e 40 %) e outro de baixo coeficiente de variação (CV entre 1 e 10 %). Dentro de cada grupo foi considerado ainda a subdivisão em um subgrupo com estrutura 2x4 e cinco repetições e outro com estrutura 5x5 e três repetições. Os dados foram simulados no Apache Open Office - Calc 4.1.7 considerando um modelo fixo inteiramente casualizado com erros normais (yijk = m + ai + bj + aibj + eijk), todos sob nulidade total, sem efeito real de tratamentos. Todos os dados foram submetidos aos testes de Jarque-Bera e Bartlett. Quando o experimento simulado não atendeu à um pressuposto foi descartado e substituído por outro. Os 2000 experimentos simulados foram, então, submetidos, individualmente, à análise de variância seguindo a estrutura fatorial de decomposição dos tratamentos nos fatores A, B e interação. Foi realizado o teste F preliminar apenas para o efeito global de tratamentos, sempre considerando, como valor crítico, um erro α nominal de 5 %. As estimativas das taxas reais de erro tipo I (experiment-wise) da ANOVA fatorial preliminar oscilaram entre 2,6 e 3,0 % a depender do grupo de experimentos, indicando o esperado bom controle de falsos positivos do teste F global para tratamentos. No entanto, as estimativas das taxas reais de erro tipo I do desdobramento da ANOVA fatorial (algum componente do desdobramento apontado como significativo) oscilaram entre 10,6 e 11 %. Embora parte dos falsos positivos da ANOVA fatorial coincidam com os falsos positivos da ANOVA preliminar, os dados mostraram que, em ao menos 78 % dos casos, os falsos positivos da ANOVA fatorial seriam evitados pela realização do teste F preliminar (efeito global de tratamentos). Estes dados evidenciam a necessidade de se testar o efeito global para tratamentos previamente à ANOVA fatorial para um adequado controle das taxas de erro tipo I, ainda que não tenha sido avaliado se os testes de médias posteriores acompanhariam tais falsos positivos.
Palavras-chave ANOVA, teste F, Erro tipo I
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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