“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13728

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais - Campus Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Sabrina Guimarães Faria
Orientador ADRIANA VENTOLA MARRA
Outros membros Irajane Thalía da Silva de Oliveira, SAMARA DE MENEZES LARA
Título A Função Gerencial Sob o olhar da Psicodinâmica do Trabalho: Um estudo em diversos segmentos da economia
Resumo O trabalho possui uma natureza ambivalente, podendo trazer auto-realização, felicidade, saúde, prazer, e também, alienação, tristeza, doença e sofrimento (DEJOURS, 1992, 2008). Especificamente sobre o trabalho dos gerentes, tem-se a sobrecarga, a variabilidade de tarefas, a ambiguidade, o estresse, o excesso de responsabilidades, que podem acarretar danos físicos e mentais a estes indivíduos (DAVEL; MELO 2005). Diante do contexto, o objetivo deste estudo foi descrever e analisar as percepções de prazer e sofrimento no trabalho dos gerentes. A presença conjunta de prazer e sofrimento e a saúde envolve quatro dimensões: as causas do risco de adoecimento (contexto do trabalho), as exigências do trabalho (custo humano), as vivências positivas e negativas no trabalho (prazer e sofrimento) e os sintomas físicos e psicossociais dos indivíduos (danos) (FERREIRA; MENDES, 2007). Realizou-se uma pesquisa quantitativa com 142 gerentes de vários segmentos da economia. Os dados foram coletados, de forma online, por meio do Inventário sobre Trabalho e Risco de Adoecimento (ITRA), de Ferreira e Mendes (2007). Os dados foram analisados por estatística descritiva univariada. Na análise dos resultados, para a avaliação do Contexto de Trabalho as médias foram: Organização do Trabalho (3,39), Relações Socioprofissionais (2,57) e Condições de trabalho (1,74). O nível mais crítico se deu na Organização do trabalho, indicando problemas na divisão e conteúdo das tarefas e ritmos excessivos de trabalho. Sobre o Custo Humano no Trabalho aferiu-se: custo afetivo (2,91), custo cognitivo (4,08) e custo físico (1,94). O cognitivo foi o mais crítico, pelo excesso de problemas e imprevistos no trabalho gerencial. Sobre as vivências de positivas e negativas teve-se as médias, nas que trazem prazer: Realização Profissional (3,83) e Liberdade (3,78). Evidencia-se que os gerentes não se sentem tão realizados nos seus trabalhos e sentem falta de cooperação entre os pares. Sobre as vivências negativas, que são referentes ao sofrimento, as médias foram Esgotamento Profissional (2,80) e Falta de Reconhecimento (2,05). Pode-se inferir alto nível de estresse e que frequentemente os respondentes sentiram-se desqualificados e sem reconhecimento no trabalho. Quanto aos sintomas físicos e psicossociais, ou seja, os danos que indicam os efeitos do trabalho nos gerentes, tem-se os danos físicos (2,14), os psicológicos (1,90) e os sociais (2,17). Percebeu-se que os danos psicológicos apresentam-se em níveis mais críticos, ou seja, os gerentes participantes apresentam sentimentos negativos relacionados a si mesmos e à própria vida. Conclui-se que o contexto do trabalho, o custo humano no trabalho, as vivências de prazer e sofrimento e os danos relacionados ao trabalho, para a amostra pesquisada, encontram-se em níveis críticos. Nenhuma das dimensões apresentou resultado grave, o que indica que as percepções de prazer e sofrimento no trabalho encontram-se de forma equilibrada.
Palavras-chave Gestão de pessoas, Prazer e sofrimento, Função Gerencial
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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