Resumo |
Devido à alta popularidade, baixo custo e fácil manuseio, os sistemas Unmanned Aerial Vehicle (UAV), popularmente conhecidos como drones, estão auxiliando em diversos setores. Órgãos reguladores impedem um usuário de realizar uma solicitação de voo em determinada área restrita, contudo recentemente houve diversos relatos do uso de UAVs em lugares reservados, áreas militares e aeroportos no Brasil, representando uma potencial ameaça à privacidade e segurança pública. Alguns fabricantes chegam a incorporar software de Geofencing em seus UAVs, para impedir que eles voem sobre essas áreas, porém não é eficaz. Diversas soluções estão sendo desenvolvidas, tanto comercialmente quanto no meio acadêmico, para neutralizar esses equipamentos. Esta pesquisa realizou a avaliação de cinco soluções nacionais e internacionais para discutir as diversas técnicas que estão sendo comercialmente utilizadas para esse fim. Empresas especializadas em sistema antidrone apresentaram, em um evento promovido pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), suas soluções. Testes exaustivos foram montados em um briefing instantes antes do início de cada apresentação, com pontos aleatórios e ataque em grupo. Foram usadas diversas aeronaves, entre elas, DJI Mavic, Phantom, Parrot Bebop, Pixhawk e DJI Naza. Os principais equipamentos utilizados foram radares de alta frequência de 70 a 6000MHz com banda de 50MHz, câmeras termais e Full HD, Jammer para bloqueio total de GPS e Rádios, e software de inteligência artificial (IA) para detecção da posição em base dos movimentos. Os sistemas antidrone foram capazes de detectar e impedir o acesso de UAVs comerciais como DJI e Parrot, bloqueando com o Jammer, e com o auxílio de mais antenas foi realizada a triangulação para obter a localização exata do transmissor de rádio (piloto) e do UAVs, além de, com base em suas frequências, obteve informações do modelo do equipamento. Contudo, nenhum sistema foi capaz de identificar, sejam por meio de câmeras ou antenas, os UAVs pré-fabricados, modelo Q250, com as controladoras Pixhawk 2.4.8 e Naza 2.0, que usavam rádios Flysky FSI6 e TH9X que utilizam frequência 2.408GHz protocolo GFSK e Band 500KHz, e também não obteve sucesso, contra missões autônomas de intrusão com uso de telemetria de 433Mhz, tanto por Waypoints, quanto por velocidades aplicadas usando MAVSDK. Quanto às análises de imagens e movimento, esses UAVs eram confundidos com pássaros pela IA, por conta de seu tamanho e aleatoriedade na rota. Foi elaborado um relatório desses equipamentos para as empresas, incluindo os FCC ID dos rádios, diagramas e parâmetros usados nas controladoras. Foi constatado que as empresas avaliadas não conseguem identificar e deter UAVs que usam controladoras para UAVs pré-montados, isso representa um grande risco, principalmente devido ao preço ainda mais baixo que os comerciais, interface facilitada, boa documentação, que se tornam um atrativo a potenciais infratores. |