"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19971

ISSN 2237-9045
Instituição Campus Avançado Ponte Nova Minas Gerais
Nível Ensino médio
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Educação
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Erick de Oliveira Martins Rocha
Orientador Cássia do Carmo Pires Fernandes
Outros membros Ana Lígia dos Santos de Abreu, Cibely Silva Lima, Júlia Silva Martins, Maria Luisa Marques Martins, Viviane de Souza Santos
Título Colorismo no ensino médio: negritudes em pauta por uma educação antirracista
Resumo A abordagem do tema colorismo deve integrar o currículo escolar como prática de uma educação antirracista. Partindo dessa premissa, um grupo de estudantes do ensino médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Campus Ponte Nova, se mobilizou para promover ações no âmbito da disciplina Tópicos Especiais - Gestão Pública. O objetivo consistiu em promover a conscientização sobre como o colorismo é uma vertente do racismo, e como ele afeta pessoas negras de diversos tons de pele no convívio social. Cunhado em 1982, o conceito colorismo foi utilizado pela escritora estadunidense Alice Walker para explicar que a segregação racial aceita mais facilmente pessoas negras de pele clara. No que se refere à metodologia, foram realizadas pesquisas bibliográficas, apresentação de seminário, uma roda de conversa com o artista Arthur Vinih, e posteriormente, uma avaliação com os participantes via formulário. Os resultados confirmaram o pressuposto de que o colorismo é um tema pouco conhecido e discutido nas escolas. Na elaboração da roda de conversa como uma ação de política pública, o grupo de estudantes conseguiu mobilizar colegas de todo o ensino médio, contudo participaram majoritariamente pessoas negras. Esse fato levantou uma questão para reflexão: porque poucos estudantes brancos se interessam por discutir racismo? As conversas foram fluindo, com destaque para vários relatos de preconceito sofrido por meninas desde a educação infantil, especialmente em relação ao cabelo, sendo alvos de comentários racistas de colegas e de professores. Por isso, incluir o tema colorismo no currículo escolar contribui para promover reparação histórica, relações justas, uma sociedade mais consciente e mais representativa, além de contemplar a obrigatoriedade de combate ao racismo na Educação Básica, conforme Projeto de Lei recém aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal (PL 288/2022). Em síntese, é importante destacar um quase silenciamento sobre o colorismo nas escolas e uma legislação tardia, o que impacta no predomínio do senso comum e na valorização da identidade negra no ambiente escolar. Como encaminhamento, a expectativa é que a ideia surgida na roda de conversa quanto a criação de um coletivo de meninas negras se concretize no próximo semestre como um projeto de extensão que envolverá outros atores locais, a exemplo da secretaria de educação e do legislativo municipal. O presente grupo de estudantes, de diferentes tons de pele negra, acredita que a população negra unida tem maior poder para lutar contra os frutos do racismo estrutural fincados nas raízes do Brasil, e a escola é uma arma fundamental para essa luta.
Palavras-chave Ensino Médio, Colorismo, Educação Antirracista
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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