Resumo |
Introdução: A formação do profissional de Enfermagem se define como um processo dinâmico e em constante construção, buscando cada vez mais o desenvolvimento de competências consoantes às demandas sociais e humanas. Desse modo, o perfil profissional almejado leva em consideração o desenvolvimento de competências que levam à formação de um enfermeiro crítico e reativo às questões sociais, e que enfoque as necessidades holísticas de indivíduos, famílias e comunidades, visando um cuidado integral, que abarque todas as necessidades humanas, incluindo a espiritual. Objetivo geral: desenvolver, implementar e avaliar diferentes estratégias de ensino para o desenvolvimento de competências para abordagem da dimensão espiritual entre estudantes de graduação dos cursos em saúde, e objetivos específicos conhecer as concepções e experiências dos estudantes sobre a espiritualidade e identificar as competências necessárias à abordagem da espiritualidade na assistência em saúde. Metodologia: estudo qualitativo, cuja coleta de dados foi realizada em maio de 2022 em uma universidade pública. Para tal, foi realizada uma oficina presencial, com a participação de 15 alunos de cursos da saúde, com a temática da abordagem da espiritualidade, que utilizou metodologias ativas e foi organizada em cinco momentos: contemplação de painel temático, mobilização de conhecimentos e experiências, dramatização, reflexão e consolidação dos conhecimentos novos adquiridos. Os dados foram coletados das etapas 2 e 4 da oficina (Mobilização e Reflexão), cujas respostas foram registradas em cartazes e a discussão gravada e transcrita na íntegra. Os aspectos éticos foram respeitados, parecer n. 4.543.473. Resultados: sobre as concepções acerca da espiritualidade, os estudantes a entendem como uma necessidade do paciente, um ponto de apoio para o trabalho do profissional, algo inerente ao ser humano, não sendo apenas relacionadas com a religião, mas também com a busca do ser humano pelas suas crenças, filosofias e sentido da vida. Acerca das competências, os relatos apontaram o acolhimento do paciente e família, escuta de qualidade, comunicação clara e verdadeira, sensibilidade, resiliência, inteligência emocional e visão crítica como fundamentais ao cuidado espiritual. E sobre a abordagem da espiritualidade pela equipe, esta deve se dar pela observação da percepção do paciente, priorizando seus desejos e estabelecendo uma conexão empática e respeitosa. Conclusões: a assistência espiritual é imprescindível na assistência em saúde. Para tal, destaca-se a importância dos cursos da saúde viabilizarem espaços para a inserção da temática no ensino, de forma a despertar os estudantes para o tema, desenvolvendo competências para o cuidado humanizado e integral. |