Resumo |
Descrição do tema central do trabalho: A abordagem de Henri Wallon (1879-1962), reivindica que o desenvolvimento humano ocorre por meio de interações complexas entre fatores biológicos, psicológicos e sociais. Nesse âmbito, é possível encontrar no seu legado importantes contribuições para a Educação Infantil, tais como a construção da consciência e imagem corporal. Público-alvo: Estudantes em formação docente, interessados na Educação Infantil. Justificativa: A relevância desse trabalho se encontra nos subsídios teóricos para formação docente, no âmbito da Educação Infantil. Objetivos: Contribuir para os aportes teóricos na docência, no âmbito da Educação Infantil. Metodologias: O trabalho consiste numa pesquisa bibliográfica acerca da construção da representação corporal na criança. Resultados: Ao abordar o estado de imperícia em que se encontra o bebê, completamente dependente do outro cuidador, Wallon observa que o lactente não é ainda capaz de manter relações ativas com o ambiente. Consequentemente, os bebês têm uma consciência corporal limitada, através de sensações físicas, como fome ou prazer, desenvolvendo uma percepção mais refinada gradualmente. A criança passa a estabelecer relações entre seus movimentos e suas sensações, experimentando a diferença de sensibilidade entre o que pertence ao mundo exterior e ao seu corpo através da interação com este e os objetos. Exemplos são atitudes como colocar o dedo nas orelhas e pegar os pés que tornam os bebês capazes de reconhecer os limites corporais no plano das sensações. Nessa direção, Wallon destaca a importância da interação social para o desenvolvimento da consciência corporal, fundamental para o desenvolvimento global da criança no que influencia sua relação com os outros. Através da interação com os cuidadores, os bebês aprendem a reconhecer e nomear partes específicas do corpo, como a boca e as mãos, desenvolvendo uma imagem mais precisa de seu corpo e, logo, a consciência corporal, através da interação com o ambiente. À medida que os bebês crescem, eles se tornam mais conscientes de seu corpo em relação ao movimento, começando a explorá-lo ativamente e movimentando partes corporais. Nesse contexto, torna-se oportuna a presença de espelhos nas salas da Educação Infantil pois auxilia a criança a desenvolver aspectos importantes para o seu desenvolvimento, tais como o abordado reconhecimento de si mesmo. Sobre isso, usualmente, os bebês começam a desenvolver o reconhecimento da sua imagem refletida no espelho por volta dos 6 a 18 meses de idade. Há uma trajetória em que as progressivas reações da criança em frente ao espelho terminam por desembocar no seu êxito e júbilo em se reconhecer como sua a imagem especular. Conclusões: A compreensão da constituição da consciência e imagem corporal na criança é fundamental para o trabalho no âmbito da Educação Infantil. O (a) educador (a) deve criar um ambiente seguro e acolhedor, estimulando a exploração e a consciência corporal. |