"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19713

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Leandro Caldeira Rodrigues
Orientador LAERCIO ANTONIO GONCALVES JACOVINE
Outros membros Valéria de Fatima Silva
Título Avaliação de custos de recuperação ambiental com uso de sistemas agroflorestais
Resumo As áreas de preservação permanente (APP), em bom estado de conservação, fornecem serviços ecossistêmicos fundamentais a manutenção da vida, como a regulação climática, preservação do solo, provisão de água em quantidade e qualidade e proteção da biodiversidade. O Sistema Agroflorestal (SAF) surge como boa alternativa à recuperação dessas áreas, uma vez que se baseiam na dinâmica, ecologia e gestão dos recursos naturais, onde se intensifica a produção promovendo maiores benefícios sociais, econômicos e ambientais. Por tanto, o trabalho visa construir modelos passíveis para utilização em APPs para que proprietários e produtores rurais se baseiem e repliquem a técnica, respeitando a legislação vigente. O objetivo do trabalho visa avaliar dois diferentes arranjos de SAFs e seus respectivos custos de implantação. Segundo o Código Florestal (Lei 12.651/2012) o uso de SAF em recomposição de APP, poderá ser utilizado em propriedades com até 4 módulos fiscais, como atividades de baixo impacto de base comunitária familiar, terras indígenas demarcadas e áreas tituladas de povos tradicionais. A Instrução Normativa MMA 005/2009 orienta que a construção dos arranjos respeite a impossibilidade de exploração madeireira, e orienta sobre a composição florística deles. O primeiro SAF foi implementado no município de Rio Pomba-MG, e seu arranjo foi elaborado em blocos, onde no Bloco A plantou-se indivíduos arbóreos, no Bloco B Musa sp. (Banana) e Euterpe edulis Mart (Jussara), e no Bloco C, Coffea arabica L (Café) e Gliricidia sepium Jaqc (Gliricídia). O segundo SAF foi implementado no município de Viçosa-MG com arranjo mais homogêneo, com linhas de espécies arbóreas, intercalando linhas de espécies chave de produção, como Musa sp (Banana), Mamao papaya (Mamão) e sementes de Euterpe edulis (Jussara), e linhas com Citrus sinensis L (Laranja), Mangifera indica L (Manga), Eugenia uniflora L (Pitanga), Plinia edulis Berg (Cambucá) e a espécie de serviço Solanum granulosa-leprosum Dunal (Capoeira-branca), que tem potencial de melhorar o microclima e aumentar muito a biomassa no sistema. Os custos de cada plantio foram computados, desde a aquisição de insumos (mudas, calcário e adubo de plantio e cobertura) e o mão-de-obra (abertura de covas, plantio, roçada e coroamento). Os valores de ambos SAFs se apresentaram semelhantes, sendo o executado em Rio Pomba R$13.827,45/ha-¹ e em Viçosa R$ 13.942,07/ha-¹. Os maiores custos e suas respectivas médias são em relação a aquisição de mudas (R$7.543,63), seguido do adubo (R$2.933,84) e mão-de-obra nas atividades de plantio (R$1.081,82), coroamento (R$770,80) e roçada (R$763,38). Os custos apresentados estão abaixo de outros valores encontrados na literatura. Entretanto, mesmo estando baixo, é preciso identificar pontos de melhoria, visando a diminuir os custos. Isso poderá viabilizar a escalabilidade da restauração de áreas no Brasil e, consequentemente, garantir o fornecimento dos serviços ambientais para a sociedade.
Palavras-chave conservação, passivo ambiental, reflorestamento
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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