Resumo |
A paisagem urbana é um fragmento do espaço no qual ao longo dos séculos é constantemente modificada e é formada pela justaposição de dinâmicas naturais e sociais pretéritas. A História traz o enredo de contar como seus elementos se transformam durante esses longos períodos e a Geografia busca explorá-la baseada nas suas temporalidades – relações espaço-tempo (social e natural). Aliando as duas ciências, ambas esclarecem as intencionalidades do uso do espaço e como hoje ele é transformado. O Museu Casa Arthur Bernardes, contribui para a reflexão dos tempos coloniais na região da Zona da Mata de Minas Gerais, especificamente no município de Viçosa e para entender os feitos de um munícipe, neste caso Arthur Bernardes (proeminente político) presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Este trabalho não está preocupado em se debruçar nas intenções desse remodelamento espacial diante da conjuntura da época, entretanto é válido ressaltar a forma em que a história é contada. Diante disso, o Museu enquanto centro atrativo aberto à população brasileira é objeto de estudo da Geografia a partir do ponto de vista do turismo e das dinâmicas que ela produz pelo deslocamento de pessoas que buscam conhecer o lugar, uma importante categoria analítica geográfica. Esta pesquisa tem como objetivo geral entender a influência do Museu Casa Arthur Bernardes no município de Viçosa, Minas Gerais. A partir de informações obtidas junto aos documentos oficiais da casa, de seus administradores e de relatos dos diferentes usuários. Além de contemplar a importância da preservação do patrimônio histórico, o potencial turístico do Museu, o regimento administrativo inteiro, as relações da casa com as pessoas naturais de Viçosa, localização a do domicílio na Praça Central e a cartografia como ferramenta auxiliadora da análise espacial do lugar. Esses aspectos serão considerados dentro do recorte espaço-temporal do período de 2018 ao primeiro semestre de 2023. |