"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19190

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química Inorgânica
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas - Campus Florestal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Laura Melo Fernandes Moreira
Orientador JULIANA CRISTINA TRISTAO
Outros membros Eduardo Lucas Cirilo Silva, Matheus Henrique Pimentel Araújo
Título Adsorventes de fosfato baseados em nanoferritas magnéticas de magnésio suportadas em vermiculita
Resumo O fósforo é um nutriente essencial para as plantas, no entanto, atividades humanas liberam quantidades excessivas desse elemento nas águas, causando poluição de cursos d’água, levando a quadros de eutrofização. Para remediar essa situação, é necessário remover ou reduzir sua presença nas águas contaminadas, além disso o fósforo recuperado pode ser reutilizado como fertilizante. Dentre os processos de remoção, a adsorção por materiais, como as ferritas, tem sido amplamente estudada. As ferritas são compostos de óxido de ferro e um metal, magnéticas, estáveis e insolúveis em água. A ferrita de magnésio (MgFe2O4), em particular, apresenta estrutura de espinélio invertido e é fortemente magnética. A vermiculita, por sua vez, é um material que pode ser usado como adsorvente, uma vez que, após tratamento térmico, o material expande e apresenta área superficial elevada e baixa densidade. A vermiculita pode ser modificada para hospedar nanopartículas, o que confere grande versatilidade a esses materiais, permitindo o controle sobre as características das nanopartículas, como sua cristalinidade e tamanho de partícula. O presente projeto teve como intuito sintetizar nanoferritas de magnésio suportadas em vermiculita, em diferentes proporções (5, 10 e 20 % m/m), e a diferentes temperaturas de calcinação (700 e 900° C), caracterizar os materiais e aplicá-los como adsorventes de fosfato (PO43-). Para a síntese dos materiais suportados foi empregado o método de impregnação por via úmida, em que nitratos de ferro e magnésio foram solubilizados em água e combinados com a vermiculita expandida triturada, e a solução aquecida até a secagem. Após secagem os materiais foram tratados a 700 e 900°C/1h em forno elétrico e caracterizados por diferentes técnicas: DRX, MEV/EDS e Espectroscopia Mössbauer. Os resultados de DRX identificaram fases referentes à estrutura de ferrita de magnésio (MgFe2O4) na estrutura do espinélio invertido (COD – 9001458) nas diferentes proporções após calcinação a 700 e 900°C. A imagens de MEV mostraram a formação de partículas uniformes e bem distribuídas nas amostras calcinadas e nas proporções de 5 e 10% m/m de tamanhos entre 200 e 300 nm. Os mapas químicos mostram os elementos Mg, Fe e O bem distribuídos na superfície da vermiculita. Os testes de adsorção de fosfato foram realizados a temperatura ambiente, utilizando 15 mL de uma solução de PO43- (100 mg/L) em contato com 15 mg do material sintetizado, de acordo com o método do ácido ascórbico. As amostras suportadas na proporção 5% calcinadas a 900°C apresentaram melhores resultados para adsorção, de 11,3 mg/g. Conclui-se que ferritas de magnésio suportadas em vermiculita foram sintetizadas com sucesso e que apresentaram facilidade de remoção do meio por apresentarem propriedades magnéticas. Os testes de adsorção são promissores e estudos mais aprofundados podem ser realizados para melhor elucidar o processo de adsorção.
Palavras-chave ferritas de magnésio, suporte vermiculita, adsorção de fosfato.
Forma de apresentação..... Painel
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