"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18581

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luiza Cruciol e Souza
Orientador HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF
Outros membros Dalila Maria Roberta de Lima, Daniela Mayumi Usuda Prado Rocha, Paula Eduarda Sant Anna Araujo
Título Risco de Doença Hepática Gordurosa Metabólica e Diabetes Mellitus Tipo 2 (PROCARDIO-UFV)
Resumo Introdução: O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma enfermidade na qual o organismo não consegue utilizar de forma adequada a insulina produzida. Trata-se de uma de uma doença crônica não transmissível diretamente relaciona com o excesso de peso e ao envelhecimento. A doença hepática gordurosa metabólica (DHGM) está associada à obesidade e ao diabetes, e atualmente é reconhecida como a hepatopatia mais frequente no mundo. Objetivos: Identificar o risco de DHGM nos indivíduos atendidos pelo Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular (PROCARDIO-UFV) e avaliar a associação entre o risco de DHGM com o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2). Metodologia: Estudo transversal retrospectivo de prontuários de 155 usuários do PROCARDIO-UFV atendidos no período de 2012 a 2019. Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos, antropométricos e laboratoriais. O Índice de Fibrose-4 (FIB-4) foi calculado e resultados ≥ 1,3 considerou-se como elevado risco de desenvolver DHGM. As análises estatísticas, teste Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, qui-quadrado, além da correlação de Spearman e razão de chances (OR) foram realizadas usando o software SPSS v.26, com nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local (nº 066/2012/CEPH-UFV) e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Dos avaliados, 51% mulheres, com média de idade de 44,4 +/- 1,3 anos. Desses, 29% tinham risco aumentado para DHGM e 18% DM2. Aqueles com maior risco de DHGM também tinham idade mais avançada [60,00 (IQ: 53,50-64,0) vs. 35,50 (IQ: 26,75-53,00), (p < 0,001) anos], maior glicemia [98,00 (88,0-128,5) vs. 91,5 (85,0-100,0), (p = 0,01) mg/dL], menores níveis de insulina [8,05 (6,28-13,40) vs. 12,4 (8,3-15,5), (p = 0,01) µU/ml] e HOMA-IR [1,94 (1,42-2,97) vs. 2,79 (1,9-3,6), p = 0,03], em relação aqueles com menor risco de DHGM. Indivíduos com glicemia elevada (≥ 126 mg/dL) apresentaram valores de FIB-4 maiores que aqueles normoglicêmicos (< 100 mg/dL) [(1,36 (IC:1,1-2,37) vs. 0,9 (IC:0,56-1,28), (p < 0,001) mg/dL]. Dos indivíduos com alto risco de DHGM, 31% também apresentavam diagnóstico médico de DM2 (p= 0,01), sendo que indivíduos com alto risco de DHGM tiveram três vezes mais chances desse diagnóstico [OR = 3,0 (IC:1,3-7,2)]. Ainda, o índice FIB-4 apresentou correlação significativa positiva com a idade (r = 0,75 e p < 0,001), glicemia de jejum (r = 0,34 e p < 0,001) e negativamente com a insulina (r = -0,24 e p = 0,02). Conclusão: O risco de DHGM de 28% é bastante importante entre os usuários do PROCARDIO-UFV. Esse risco ainda se mostrou associado com a presença de DM2, indicando uma possível disfunção metabólica nesses indivíduos que deve ser investigada.
Palavras-chave Diabetes Mellitus, Doença hepática gordurosa metabólica, Risco cardiometabólico
Forma de apresentação..... Painel
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