Outros membros |
Emanuelle Valadares de Jesus Acácio, Geovanna Rafaela Lourenço Faria, Letícia Verdan Arcanjo Schwenck, Maria Luíza Silva Abranches, Núbia de Souza de Morais, Patrícia Seixas Lopes Pereira, Rafaela Guimarães Rizzi, Tatiane Araújo Cupertino |
Resumo |
Introdução: A pandemia do COVID-19 impactou de forma significativa o estilo de vida da população, mas em especial, a dos adolescentes, devido ao interrompimento das atividades escolares. A permanência em casa por um longo período pode ter gerado estresse e ansiedade nesses indivíduos, desencadeando comportamentos alimentares inadequados, como por exemplo o consumo excessivo de alimentos não saudáveis durante a pandemia. Objetivo: Avaliar o comportamento alimentar dos adolescentes de um Colégio de Aplicação, durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: O estudo faz parte de um projeto de extensão, intitulado “Atendimento nutricional a adolescentes de um colégio de aplicação: ações educativas de promoção de saúdes e prevenção de doenças - NutColuni”, que foi aprovado pelo comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa - CEP UFV (parecer 1.852.326). É desenvolvido com os alunos do primeiro ano de um Colégio de Aplicação. Durante a pandemia da Covid-19, as atividades realizadas pelo projeto ocorreram de forma remota. Assim, nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, foi realizada a aplicação de um questionário online, via Google Forms, contendo informações sobre o comportamento alimentar dos adolescentes, antes e durante a pandemia. Após a coleta dos dados, foram calculadas as frequências absoluta e relativa, para a análise dos resultados. Resultados: Participaram 88 alunos, com média de idade de 16,5 (±0,98) anos, dos quais 54,55% (n = 48) eram do sexo feminino. Observou-se que 34,1% (n = 30) desses adolescentes algumas vezes passou por situações em que comeu demais achando que não ia conseguir parar, 13,6% (n = 12) frequentemente passou muito tempo pensando em comida, 11,4% (n = 10) sempre comia quando estava estressado ou preocupado, 22,7% (n = 20) algumas vezes se sentia fora de controle quando estava comendo, 15,5% (n = 14) frequentemente comia quando não estava com fome, 9,1% (n = 8) algumas vezes escondia ou armazenava comida, 11,4% (n = 10) algumas vezes comia em segredo, 21,6% (n = 19) algumas vezes comia além do necessário até passar mal, 8,0% (n = 7) algumas vezes se sentia insatisfeito, não importando o quanto havia comido e, 9,1% (n = 8) frequentemente comia em excesso, pelo menos uma vez por semana. Conclusão: A pandemia pode ter influenciado de forma negativa no comportamento alimentar desses adolescentes, uma vez que as respostas obtidas dão indícios de distúrbios alimentares. Logo, esses distúrbios devem ser foco de atenção para os profissionais da saúde, visando a melhora e manutenção da saúde durante a adolescência e também na vida adulta. |