Resumo |
Introdução: A Síndrome do Imobilismo (SI) em Oncologia é uma condição multifatorial e pode ser consequência da doença ou por efeito colateral dos tratamentos realizados, sejam cirúrgicos e quimioterápicos. A SI está envolvida com uma gama de complicações, envolvendo vários órgãos e sistemas, como perda de massa muscular, fraqueza óssea, úlceras de pressão, doença tromboembólica e problemas respiratórios. Quando relacionado ao câncer de mama (CM), a SI pode resultar em prejuízos na capacidade física e funcional da paciente, principalmente naquelas submetidas a tratamentos agressivos. Objetivos: Relatar uma atividade de extensão sobre a realização de um evento sobre câncer de mama e síndrome do imobilismo como produto técnico do Mestrado Profissional de um aluno do programa de pós-graduação em ciências da saúde. Descrição das atividades: No primeiro momento, foi feito um contato com o Centro Estadual de Atenção Especializada (CEAE), visando a organização do evento. O evento foi realizado através de aulas expositivas sobre o câncer de mama e a SI e pode ser dividido em quatro tempos. O primeiro contemplou dados estatísticos da doença, fatores de risco, prosseguindo-se com a exposição sobre os sinais e sintomas e abordando as alterações iniciais que podem se manifestar em decorrência da doença. Além disso, foi apresentado sobre o rastreamento, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. O segundo momento foi importante para expor ao público como é realizado o atendimento de uma paciente com suspeita ou diagnóstico de câncer de mama no CEAE, mostrando a importância de uma rede intermunicipal de saúde, contemplando os diferentes níveis de atenção. O terceiro momento demonstrou a importância da equipe multidisciplinar no cuidado da paciente com câncer, evidenciando o papel, principalmente, da fisioterapia como agente atuante no manejo da SI. Nesta etapa, abordou-se a SI e seu envolvimento com o câncer de mama, quais suas principais causas, possíveis complicações, meios de prevenção, especialmente envolvendo cuidados no pós-operatório e também o tratamento multiprofissional dessa condição. O último momento foi destinado à discussão com o público. Resultados: A presença do público foi marcante, contando com diversos profissionais da APS do município, bem como estudantes da graduação dos mais diversos cursos, como Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia. A adesão dos participantes também merece destaque, seja pela escuta atenta das palestras e pelo espaço destinado ao compartilhamento de experiências pessoais e profissionais, além da retirada de dúvidas. Conclusões: As campanhas educativas que giram em torno do CM são meios que direcionam a atenção para a doença, criando um espaço de debate e compartilhamento e possibilitando uma melhor difusão de saberes à nível individual e coletivo, entre os membros da equipe interdisciplinar e também nos diferentes pontos de atenção das redes de atenção à saúde. |