Resumo |
A transferência passiva da posição deitada para sentado é um dos métodos que tem sido utilizado por fisioterapeutas para prevenir e minimizar os efeitos adversos da restrição ao leito leito. Porém, esse profissional encontra algumas barreiras para colocar o paciente em sedestação, dentre elas, a segurança do paciente. Diante disso, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos hemodinâmicos da sedestação fora do leito em pacientes acamados hospitalizados. Para isso, foi feito um estudo transversal de abordagem quantitativa, com amostra composta por doze (12) indivíduos acamados que estavam em acompanhamento fisioterapeutico e hospitalizados em uma enfermaria do Hospital São João Batista, localizado na cidade de Viçosa-MG. Os indivíduos selecionados para compor a amostra foram caracterizados e colocados em sedestação em uma poltrona por um período de duas horas, após o atendimento fisioterapeutico. Caso o participante não tolerasse a sedestação, seja por alteração nos dados vitais ou por desconforto físico, ele seria retornado ao leito e as providencias necessárias seriam tomadas e o mesmo seria excluído do estudo. As variáveis pressão arterial sistêmica, frequência cardíaca, saturação periférica de oxigênio e frequência respiratória foram mensuradas em cinco momentos distintos: Após o término do atendimento fisioterápico e em decúbito dorsal; dez minutos após a transferência para a cadeira; depois de duas horas em sedestação; imediatamente após o retorno para o leito e dez minutos após o retorno para o leito. Como resultado da caracterização da amostra, observou-se que 58% dos participantes era do sexo masculino, apresentavam idade media de 79 (± 13) anos, tempo de internação médio de 14,25 (±13,5) dias e tempo acamado de 19,4 (± 23,7) meses. Dentre os diagnósticos que levaram os indivíduos a hospitalização, 70% estavam relacionados a doenças do sistema respiratório, 18% às doenças do sistema urinário, 6% às doenças do sistema digestivo e 6% a traumas. Em relação ao comportamento dos dados vitais, todas as oscilações apresentadas estavam dentro dos parâmetros de normalidade estabelecidos pela literatura. E, além disso, todos os participantes toleraram bem a sedestação, não sendo necessário interrompe-la. Diante disso, conclui-se que a sedestação fora do leito foi segura para a amostra deste estudo. Todos os indivíduos toleraram bem o protocolo de sedestação, não havendo necessidade de interrupção por alteração nos dados vitais ou por intolerância dos participantes. Porém, como a amostra do estudo é pequena, sugere a realização de novos estudos com uma amostra maior para que esses achados possam ser extrapolados. |