"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 18235

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração
Setor Instituto de Ciências Humanas e Sociais - Campus Florestal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Beatriz Linhares de Carvalho
Orientador ADRIANA VENTOLA MARRA
Outros membros Ana Luiza Santos Nascimento, GUSTAVO FIGUEIREDO CAMPOLINA DINIZ
Título Jornada de trabalho e bem-estar: um estudo sobre a percepção dos servidores públicos
Resumo Mudanças no mundo do trabalho, como a globalização e os avanços tecnológicos têm levado ao aumento da jornada de trabalho e pressão por trabalhos extras. Diante desse cenário, a flexibilização da jornada tem sido uma demanda dos trabalhadores. Para a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (FASUBRA) a implementação da jornada de 30 horas semanais melhoraria o bem-estar dos trabalhadores e a qualidade dos serviços prestados. No entanto, apesar das reivindicações sindicais, a concessão da jornada de 30 horas ainda não é permitida por lei para todos os servidores técnicos administrativos em educação. Segundo uma análise realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), de 79 instituições, apenas 8 promoveram regularmente a redução da jornada de trabalho para os técnicos administrativos. Em 22 unidades, não há flexibilização da jornada de acordo com o Decreto nº 1.590/1995, e nas outras 49 unidades foram identificadas irregularidades, como a concessão indiscriminada da jornada flexibilizada sem cumprir as condições de elegibilidade dos servidores.. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi analisar a percepção dos servidores públicos de uma universidade federal sobre os impactos da redução da jornada de trabalho em seu bem-estar e nos serviços prestados. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa descritiva. Os dados foram coletados por 11 entrevistas semiestruturadas com os servidores dos dois setores que adotaram a jornada de 30 horas e analisados por análise de conteúdo. Os resultados indicaram que a redução da jornada de 40 para 30 horas semanais teve impactos positivos no bem-estar dos servidores, proporcionando um melhor equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, maior motivação e serviços mais eficientes. Surgiram novas formas de aproveitamento do tempo fora do trabalho, como a prática de atividades físicas, estudo e lazer. No entanto, também foram observados desafios, como menos tempo de convívio e de troca de experiências entre os servidores. Além disso, a redução da jornada não implicou necessariamente em trabalhar menos, considerando o aumento da demanda por atividades fora do expediente de trabalho, como cuidados com a casa e família. Conclui-se que a redução da jornada de trabalho, de oito para seis horas, contribuiu para a saúde física e emocional dos trabalhadores e seu desenvolvimento pessoal. Além disso, os servidores se sentiram mais motivados, o que resultou em uma prestação de serviços mais eficiente e eficaz, beneficiando tanto a organização quanto a população em geral. Destaca-se a importância de futuras pesquisas sobre a redução da jornada de trabalho em diversas instituições públicas, explorando elementos como produtividade, bem-estar, engajamento e gênero. Esses estudos podem fornecer resultados adicionais e promover debates que beneficiem o processo de flexibilização no Brasil.
Palavras-chave redução da jornada de trabalho, bem-estar, serviço eficiente.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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