"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 17968

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Medicina
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Eduarda Demoner Paseto
Orientador SILVIA ALMEIDA CARDOSO
Outros membros ANA CRISTINA MENDES MIRANDA, Leila Aparecida de Souza Oliveira
Título Impacto da trajetória acadêmica na saúde mental de estudantes do curso de medicina da Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Resumo Introdução: A saúde mental e o bem estar de estudantes universitários são mundialmente considerados uma preocupação para a saúde pública. Estudantes universitários estão mais suscetíveis à manifestação de transtornos mentais que a população em geral da mesma faixa etária, podendo apresentar uma sobrecarga de estresse, sofrimento psíquico, exaustão física e emocional durante sua trajetória acadêmica. Os estudantes de medicina em específico se deparam com várias dificuldades desde o início do curso, dentre elas a carga horária expressiva em virtude de sua matriz curricular. Objetivos: Descrever de forma comparativa o perfil sociodemográfico e os aspectos de saúde mental dos estudantes dos dois primeiros anos e do internato do curso de medicina da UFV. Metodologia: O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFV, sob o parecer de número 5.635.845. Nesse estudo transversal descritivo, foram elegidos todos os estudantes dos dois primeiros anos e do internato que aceitaram participar da pesquisa. Foi aplicado um instrumento semiestruturado com 14 questões para avaliação do perfil sociodemográfico e de questões relacionadas à saúde mental (tratamento farmacológico para depressão e/ou ansiedade, realização de psicoterapia ou terapia complementar e prática de atividades físicas regulares) dos indivíduos foco. Os resultados foram obtidos em frequência relativa e as análises foram realizadas no software Stata versão 16.0. Resultados: Foram recrutados 124 estudantes, sendo 57 dos dois primeiros anos (primeiro grupo) e 67 ao internato (segundo grupo). A idade média dos alunos iniciais foi de 21,67 anos, enquanto a dos estudantes do internato foi de 25,43 anos. Nos dois grupos o sexo feminino predominou, sendo 79% dos estudantes do primeiro grupo e 57% do segundo. 57,8 e 74,6% afirmam praticar atividades físicas regularmente entre os anos iniciais e o internato, respectivamente. Em relação ao uso de medicação para controle de ansiedade e/ou depressão, 26,7% dos alunos do primeiro grupo relataram fazê-lo, em comparação com 35% do segundo. Quanto à realização de psicoterapia e/ou terapia complementar, apenas 22,5% dos estudantes dos anos iniciais e 28,5% dos estudantes do internato responderam afirmativamente. Conclusão: Embora a porcentagem de estudantes que afirmam realizar atividades físicas com regularidade seja maior entre os estudantes do internato, fator importante para a promoção da saúde mental, podemos observar também que esse mesmo grupo apresenta maior uso de medicamentos ansiolíticos e/ou antidepressivos, assim como realização de psicoterapia ou terapias complementares. Observa-se que, de forma geral, é significativa a parcela dos estudantes em uso de medicações, independente da fase do curso, o que evidencia a importância de abordar a saúde mental dos estudantes de medicina, reconhecendo as especificidades da trajetória acadêmica e promovendo estratégias de cuidado e suporte.
Palavras-chave Estudantes de medicina, uso de fármacos, transtornos mentais
Forma de apresentação..... Painel
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