“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14426

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Recursos florestais e engenharia florestal
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Evânderson Luis Capelête Evangelista
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Camila Batista da Silva Lopes, Humberto Fauller de Siqueira, Pedro Augusto Teixeira de Oliveira, Vitor Alves Moreira
Título Utilização dos gases combustos do sistema fornos-fornalha para carbonização de madeira de Eucalyptus sp.
Resumo O Brasil é o maior produtor e consumidor de carvão vegetal e detém 12% da produção mundial. No entanto, ainda se faz necessário desenvolver tecnologias que possam melhorar o rendimento e qualidade deste insumo. Uma das alternativas é o aproveitamento dos gases combustos dos queimadores de gases para secagem e pré-pirólise, visto que até o momento não se tem um uso estabelecido. Assim, o objetivo principal do trabalho foi utilizar os gases combustos do sistema fornos-fornalha como fonte de energia para as primeiras etapas da carbonização de madeira de Eucalyptus sp.. O experimento foi realizado no sistema fornos-fornalha, composto por 4 fornos circulares, conectados a um queimador de gases (fornalha). Foi utilizado um forno (forno 1) para carbonização convencional da madeira de Eucalyptus sp. e geração de gases. Estes foram queimados na câmara de combustão da fornalha e succionados a partir da chaminé, com o auxílio de um ventilador centrífugo, e inseridos em outro forno (forno 2) onde ocorreram os tratamentos (T1 e T2). Para T1, a rotação do ventilador centrífugo foi a mesma para as duas fases do processo. Para T2, após a 1ª fase, o ventilador centrífugo foi desligado para cessar o fluxo de gás e foi realizada a ignição do forno 2 e o ventilador foi religado. Após cada procedimento de uso dos gases combustos para as 1ª e 2ª fases da carbonização no forno 2, desligou-se o ventilador centrífugo e prosseguiu-se as 3ª e 4ª fases da carbonização de acordo com a curva teórica de carbonização. Efetuou-se a coleta dos gases combustos em intervalos de 1h e esses foram analisados no gasboard, que forneceu a composição percentual de O2. Observou-se que a temperatura interna do forno testemunha ficou próxima à estabelecida pela curva teórica, exceto na fase final, na qual as temperaturas foram inferiores às pré-estabelecidas. As curvas obtidas para os tratamentos mostraram que a temperatura da 1ª fase foi inferior a 100 °C. Assim, os gases a 150±10 °C não foram suficientes para realizar a completa secagem da madeira. Observam-se picos de temperatura na 2ª fase de T1 e T2, ocasionados pelo aumento repentino da temperatura interna, sendo difícil controlá-la nesta fase utilizando os gases combustos. As temperaturas da 3ª e 4ª fase foram, relativamente, similares às testemunha. Observou-se redução no tempo total de carbonização, em relação à testemunha. Os valores médios da concentração de oxigênio contida nos gases combustos foram alto, 17,6% (T1) e 17,1% (T2), indicando que o ventilador centrífugo estava super dimensionado, acarretando para o forno 2, maior taxa de degradação da madeira, devido aos picos de temperatura. Conclui-se que a utilização dos gases combustos é uma técnica promissora, mas no entanto, ainda faz-se necessários alguns ajustes para melhor controle da temperatura do forno de carbonização, principalmente, no que tange a presença de oxigênio, o que colabora para as reações de combustão e pirólise dentro do forno.
Palavras-chave carvão vegetal, curva de carbonização, gases combustos
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,69 segundos.