Resumo |
Este relato se propõe a compartilhar a experiência de um trabalho vivenciado com crianças de 1 a 2 anos de idade no Laboratório de Desenvolvimento Infantil (LDI) da Universidade Federal de Viçosa. O trabalho com a Educação Infantil, principalmente com os bebês e crianças muito pequenas, requer uma sensibilidade e um olhar atento para as novas possibilidades de construção de conhecimento. As crianças nesse período utilizam-se do corpo para poder se expressar e para entrar em contato com o mundo. Para trabalhar com esta faixa etária, o professor deve possibilitar um espaço amplo e planejar atividades com materiais diversificados potencializando essa interação. Trazendo sempre o cuidar e o educar de forma indissociável e priorizando o desenvolvimento integral de forma saudável, para que nas simples ações diárias, as crianças possam construir conhecimentos com atividades que possibilitem a exploração de texturas, de formas, de espaços, de sons, além da socialização com seus pares. Este relato tem como objetivo evidenciar as possibilidades de construções de conhecimentos e múltiplas vivências significativas com um grupo de 12 crianças na faixa de 1 a 2 anos de idade atendidas no Laboratório de Desenvolvimento Infantil. Sendo essas crianças o público alvo. Para isso, usou-se a metodologia descritiva e exploratória com registro em caderno de campo, observação e acompanhamento do grupo das crianças envolvidas. Optou-se por fazer este relato, pela importância de compartilhar essas vivências, alcançar pessoas que também se identificam e buscam construir conhecimentos sobre a Educação Infantil, que é umas das etapas mais importantes para o desenvolvimento humano, mostrando a relevância dessa área para o incentivo de pesquisas futuras. Durante minha prática pude observar que nas atividades cotidianas as crianças muito pequenas, pintavam e desenhavam sobre o corpo de seus colegas e sobre o seu próprio corpo, passavam os rolos de pintura sobre a folha observando a ação de seu corpo, apertavam a esponja de pintura, sentido as diferentes texturas desse material, andavam e engatinhavam sobre a caixa de areia sentindo a areia com os pés e com as mãos, manipulavam dados de diferentes texturas e formas, dentre outras experiências. Como essas atividades foram desenvolvidas em grupo, as crianças interagiam entre si, compartilhando objetos e construindo juntas as brincadeiras durante as atividades. Com isso pude perceber importância da ação da criança sobre o objeto sendo ele: seu corpo, o corpo alheio ou o ambiente ao redor. Essas atividades exploratórias desafiam as possibilidades dos bebês e das crianças e permitem que se desenvolvam de forma ativa. |