“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14240

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Nutrição
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Maria Letícia Curti Brasil
Orientador Karla Pereira Balbino
Outros membros Gilmara Alves Zanirate, HELEN HERMANA MIRANDA HERMSDORFF, Paula Moreira Penna
Título Índice TyG está associado a um perfil mais aterogênico e maior consumo de carboidratos em pacientes em hemodiálise (NUGE-HD)
Resumo Introdução: O índice TyG tem sido um considerado bom preditor da resistência à insulina (RI) e do diabetes melito (DM), principal causa de insuficiência renal crônica em indivíduos que iniciam a hemodiálise (HD). Objetivos: Verificar a associação entre o índice TyG e os fatores de risco cardiovascular e marcadores do consumo alimentar de indivíduos em HD. Metodologia: Estudo de análise transversal com 131 indivíduos (58,4% homens; 63±15,4 anos) em HD, participantes da coorte NUGE-HD (Estudo da Nutrição e Genética nos Desfechos em Hemodiálise). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (protocolo n°: 1.956.089/2017) e todos os participantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. O consumo alimentar foi avaliado mediante questionário de frequência de consumo alimentar quantitativo. Amostras de sangue em jejum foram coletadas mediante técnicas laboratoriais de rotina. A amostra foi categorizada pelo índice TyG (Ln[TG (mg/dL) x glicemia de jejum (mg/dL)/2]), de acordo com mediana (4,83). Os índices de Castelli I (colesterol total/HDL-c) e de Castelli II (LDL-c/HDL-c) foram também calculados, sendo considerado fator de risco cardiovascular para valores IC 1 (homens ≤ 5,1; mulheres ≤ 4,4) e IC 2 (homens ≤ 3,3; mulheres ≤ 2,4). Após 30 minutos do término da sessão de HD, o peso (kg) e a altura (cm) foram avaliados e o índice de massa corporal (IMC, kg/m2) calculado. Os participantes responderam questionário semiestruturado para obtenção de dados sociodemográficos e clínicos. Os dados foram processados e analisados no software Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS versão 20.0), adotando-se nível de significância α=5%. Foram realizados os testes U de Mann-Whitney, t de Student e qui-quadrado, quando apropriado. Resultados: Os participantes com maior índice TyG (>4,83) apresentaram maior prevalência de DM (33 vs 14 %; p=0,001) e de alto risco cardiovascular pelo índice de Castelli I (77,4 vs 22,6 %; p<0,001) e II (79,2 vs 20,8 %; p=0,001), comparados com os de menor TyG. Ainda apresentaram maiores valores de IMC (24,8±4,4 vs 23,0±3,8 kg/m2; p=0,001), bem como menores valores de HDLc (35,5±9,5 vs 41,8±13,5 mg/dL; p=0,004) e tempo de HD (2,5±3,4 vs 3,8±5,9 anos; p=0,049). Em relação à alimentação, consumo de carboidratos (em % da ingestão calórica diária) foi maior no grupo com maior TyG (63,4%), em comparação ao grupo com menor TyG (47%; p=0,015). Conclusão: Nesse estudo transversal, o maior TyG esteve relacionado a outros fatores de risco cardiovascular (IMC, DM, índice aterogênicos e HDL) em indivíduos em HD, corroborando resultados até o momento encontrados para outras populações. Nossos resultados sugerem a aplicação desse indicador como preditor do DM e risco cardiometabólico também entre indivíduos em HD, ademais da importância do manejo nutricional para seu controle. Apoio: Capes (código 001) e CNPq.
Palavras-chave Índice TYG, hemodiálise, perfil aterogênico.
Forma de apresentação..... Painel
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