Resumo |
Introdução:Sabe-se que o leite materno é superior a qualquer outro leite que possa ser oferecido à criança devido a inúmeros fatores. Entre seus benefícios citam-se: a proteção contra infecções e diarreia, diminuição do risco de alergias e a longo prazo reduzir o risco de hipertensão, colesterol, diabetes e obesidade. Ele é capaz de cumprir todas as necessidades nutricionais de um bebê. Além disso, a amamentação protege a mãe contra o câncer de mama, evita uma nova gravidez, contribui para o retorno do estado pré-gestacional e promove o vínculo afetivo entre mãe e filho. O Ministério da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e após esse período, até dois anos ou mais e deve estar associada à alimentação complementar após os seis meses. Assim, a participação dos profissionais de saúde na promoção do aleitamento materno durante a gestação é de suma importância. Objetivo:Demonstrar a prática dos membros do projeto de extensão GestaUFVida na realização de grupos educativos sobre a amamentação. Metodologia:Os grupos educativos são realizados em ESF e “Obra do Berço” do Rotary Club em Viçosa-MG. Cada encontro, em roda de conversa, contou com a presença de aproximadamente quatro gestantes e de seus parceiros. São realizados mensalmente com a prática da dinâmica: “Mitos e Verdades sobre a Amamentação”. Cada encontro durou cerca de 90 minutos. A metodologia adotada é embasada no referencial teórico dialógico-reflexivo de Paulo Freire. Foram abordadas questões referentes à importância da amamentação para a mãe e o RN; as fases do leite e suas composições; o manejo das mamas e a pega correta; maneiras de prevenir rachaduras, mastite, ingurgitamento mamário e candidíase, além de apresentar medidas que garantem a produção do leite. Os materiais educativos como mama de pano, bonecos, vídeos e painéis foram utilizados para ilustrar e dinamizar os assuntos apresentados. Durante o diálogo ocorreu a troca de experiências, a prática da amamentação com os bonecos e a retirada de dúvidas. Resultados: Observou-se o envolvimento e o desejo das mulheres em amamentar. A obtenção de informações possibilitou desmistificar crenças familiares quanto ao cuidado com as mamas e o RN. As principais dúvidas estavam relacionadas à pega correta, a retirada e armazenamento do leite para mulheres que trabalham e a apresentação de métodos alternativos para mães que não podem amamentar. Identificou-se maior protagonismo da mulher para com a gestação e o processo de amamentação. Elas reforçaram que amamentar é uma demonstração de afeto e segurança da mãe para com o RN, sendo ainda, um importante fator na recuperação pós-parto. Conclusão:As dinâmicas atenuaram a vulnerabilidade das gestantes através da educação em saúde e propiciaram segurança em relação a amamentação. Faz-se necessário o incentivo à continuidade do projeto com foco no compartilhamento de informações baseadas em evidências científicas durante o ciclo gravídico puerperal. |