“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14182

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Andreia da Silva Dias
Orientador SIRLENE SOUZA RODRIGUES SARTORI
Outros membros Alex Filipe Ramos de Sousa, FABIANA CRISTINA SILVEIRA ALVES DE MELO
Título Avaliação morfofuncional do estômago de Philander frenatus (Olfers, 1818 - didelphimorphia: didelphidae)
Resumo Muitas são as espécies essenciais para a manutenção de biomas de florestas tropicais e que ainda não possuem descrição detalhada da estrutura e do funcionamento do aparelho digestório, como Philander frenatus, sobre o qual foram realizados somente estudos macroscópicos. Objetivou-se com este trabalho, descrever a morfofisiologia do estômago de P. frenatus, enfatizando as adaptações ao seu regime alimentar onívoro-insetívoro. Foram capturados quatro indivíduos machos adultos em um fragmento de floresta de Mata Atlântica, no município de Muriaé-MG. Foram coletados e processados para inclusão em parafina, fragmentos da região fúndica do estômago. Cortes de 5 µm de espessura foram corados com Hematoxilina-Eosina (HE) para análise geral dos tecidos e Alcian Blue conjugado com Ácido Periódico de Schiff (AB/PAS) para revelar mucinas ácidas e neutras. Em análise macroscópica, o estômago apresentou formato sacular com fundo cego, ligado cranialmente ao esôfago e caudalmente ao duodeno, sendo a ligação com esôfago e duodeno muito próximas e a curvatura menor bem reduzida. Há várias pregas espessas, distribuídas nas regiões cárdica, fúndica e pilórica, o que permite a distensão do órgão aumentando a sua capacidade de recepção e armazenamento. Estômago grande e com maior capacidade volumétrica reflete a preferência alimentar carnívora desta espécie. Em análise histológica o órgão segue o padrão dos mamíferos, apresentando as camadas mucosa, submucosa, muscular e serosa. A mucosa é revestida por um epitélio simples prismático mucossecretor PAS-positivo, revelando a presença de mucinas neutras que recobrem a superfície do estômago, oferecendo proteção contra a acidez do suco gástrico. O epitélio forma fossetas curtas, nas quais desembocam glândulas tubulares extensas e ramificadas, que ocupam significativamente a lâmina própria (de tecido conjuntivo frouxo), e se estendem até próximo à muscular da mucosa que é espessa com duas camadas de músculo liso. Nas glândulas é possível diferenciar as células parietais (secretoras de ácido) e zimogênicas (secretoras de pepsinogênio) que ocupam o istmo/colo e a base da glândula, respectivamente. Glândulas fúndicas expressivas e com grande densidade de células parietais e zimogênicas também é reflexo de carnivoria. Observa-se a presença de infiltrado linfocitário na lâmina própria, conferindo proteção contra patógenos. A submucosa é composta por tecido conjuntivo denso com a presença de vasos sanguíneos. A camada muscular (de músculo liso) é orientada em duas disposições: circular interna e longitudinal externa. Entre essas duas camadas musculares, encontra-se o plexo mioentérico, responsável pelo controle da motilidade peristáltica. Revestindo externamente o estômago, observou-se a serosa, constituída de epitélio simples prismático. Os parâmetros observados refletem o regime alimentar da espécie, e podem contribuir com estudos futuros sobre a morfofisiologia do aparelho digestório de marsupiais.
Palavras-chave Histologia, trato digestivo, hábito alimentar.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,66 segundos.