“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14125

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Engenharia química
Setor Departamento de Química
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Lara Vieira de Almeida Peçanha
Orientador JOSE ANTONIO DE QUEIROZ LAFETA JUNIOR
Outros membros JANE SELIA DOS REIS COIMBRA, Matheus Furlan Pinheiro, RITA DE CASSIA SUPERBI DE SOUSA
Título Hidroxiapatita aplicada a adsorção de proteínas ácidas e básicas do soro do leite
Resumo Introdução: O soro do leite contém uma mistura de proteínas com diferentes propriedades funcionais de diversificado potencial de aplicação. Em particular, a lactoferrina (Lf) se destaca pelas propriedades antibacteriana, antiviral, anticarcinogênica, dentre outras. A albumina do soro bovina (BSA) além de ser uma proteína modelo, utilizada como padrão em diferentes áreas de pesquisa, apresenta semelhança estrutural e funcional com a albumina de soro humano, possibilitando diferentes aplicações biotecnológicas. Diferentes tecnologias de separação podem ser usadas para concentrar, isolar e purificar a Lf e BSA do soro, no entanto, essas técnicas apresentam custos elevados, abrindo espaço para o desenvolvimento de processos alternativos e de baixo custo. Dentre as técnicas descritas na literatura, a adsorção em hidroxiapatita (HA) tem grande potencial na separação das proteínas do soro de leite. A HA é um fosfato de cálcio, da família das apatitas, possui estequiometria bem definida, Ca10(PO4)6(OH)2 e a melhor estabilidade termodinâmica de sua família. É uma das biocerâmicas mais utilizadas para reconstrução óssea e dentária. Objetivo: Avaliar o efeito de diferentes características morfológicas e cristalográficas no fenômeno de adsorção entre proteínas ácidas e básicas do soro do leite e HAs sintetizadas. Material e métodos: As HAs foram sintetizadas usando uma rota de precipitação úmida descrita por Tiselius e adaptada por Rossano, resultando em quatro tratamentos diferentes: (i) HA0, sem tratamento térmico; (ii) HAS5, sinterizada a 500 ℃; (iii) sinterizada a 700 ℃; e (iv) sinterizada a 1000 ℃. As HAs sintetizadas foram caracterizadas por diferentes métodos analíticos. Para cada um dos 4 tratamentos de HA, foram preparados 60 tubos eppendorfs de 2,0 mL contendo 0,04g de HA, 12 tubos para cada um dos pHs testados (5,0; 6,5; 7,5; 9,0 e 10,5). As soluções de Lf e BSA preparadas para adsorção foram de 5 mg/mL. O processo de adsorção foi de 360 minutos de agitação em temperatura de 25 ºC, feita por uma bomba peristáltica adaptada a velocidade de 30 rpm. A determinação da capacidade de adsorção foi feita por balanço de massa, através da determinação da quantidade de BSA e lactoferrina adsorvida (UV-VIS) pelo método de leitura direta. Resultados e conclusões: Os resultados mostram forte influência do pH na eficiência de adsorção. O pH 5,0 foi o valor em que as HAs adsorveram a maior quantidade de Lf. A baixa capacidade de adsorção em pH 9,0 pode ser explicada pela proximidade do valor de pI de Lf (8,7). Para BSA. Os resultados mostram a diminuição da capacidade de adsorção em função do aumento do pH, portanto o valor de pH que apresenta a melhor capacidade de adsorção também é pH 5,0 para todos os tratamentos. O BSA tem a maior capacidade de adsorção perto de seu pI, (pH 5,0) enquanto Lf apresenta o oposto.
Palavras-chave Sistema Aquoso Bifásico, Temperatura, Proteínas
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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