ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Pós-graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Letras |
Setor | Departamento de Letras |
Bolsa | CAPES |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | CAPES, CNPq |
Primeiro autor | Mariane Almeida Varela |
Orientador | IARA CHRISTINA SILVA BARROCA |
Título | Morte e suicídio em O Mito de Sísifo, de Albert Camus |
Resumo | Desde o final do século XIX a França experimentava um ambiente de inovação, paz, cultura e divertimento que ficou conhecido como Belle Époque. As novas formas de experimentar as invenções, o mundo e a sociedade eram cada vez mais revigoradas, principalmente na cosmopolitana Paris, onde havia, por exemplo, o Moulin Rouge, cujas danças e espetáculos encantavam os espectadores. Este clima se estendeu por toda a Europa até a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914. A partir de então, a atmosfera se transformaria drasticamente em decorrência dos eventos que se seguiram, como a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial, o lançamento das bombas atômicas, a Guerra Fria. A atividade artística, entretanto, ainda efervescia e a insatisfação, o medo, o horror e a violência alteraram a concepção de mundo no campo das artes, incluindo os campos literário e filosófico. Um determinado pessimismo predominou nos textos de diversos autores e contribuiu para a criação de correntes de pensamento como o absurdismo e o existencialismo. Neste contexto, pode-se citar nomes como Eugène Ionesco, Samuel Beckett, Arthur Adamov, os mais conhecidos expoentes do Teatro do Absurdo; Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre, que com influências de Kierkegaard alargaram os horizontes do Existencialismo; Edmund Husserl, fundador da Fenomenologia, e por fim, Albert Camus, que construiu a partir do existencialismo seu sistema próprio, o absurdismo. Esta pesquisa, então, se concentra neste último, tendo como objetivo investigar os temas morte e suicídio no ensaio filosófico O Mito de Sísifo. Segundo Camus, o objetivo principal da filosofia é responder se a vida vale ou não a pena ser vivida. Esta é uma pergunta que já foi pensada por todo e qualquer indivíduo que se encontra, em algum momento, no desespero ou na infelicidade. O absurdo nasce a partir do divórcio do homem com o mundo e ele, ao experenciar essa confrontação, pode considerar o suicídio como opção de aniquilamento do absurdo. O que se pretende com este trabalho, ainda sem discussões e conclusão, é analisar em que medida o suicídio e a morte se caracterizam como possíveis escapes para o problema do absurdo e da validação da vida. Para isso, serão feitas investigações de base exploratória, qualitativa e descritiva, de cunhos literário, filosófico e histórico, com autores como Roger Quilliot, biógrafo de Camus; Philippe Ariès, historiador da Escola dos Annales e da história das mentalidades, com foco na recepção da morte desde a Idade Média ao século XX; Arthur Schopenhauer, filósofo pessimista que também tratou da morte; além dos fenomenólogos com os quais Camus dialoga no ensaio, Jaspers, Heidegger, e mais profundamente, Husserl, bem como o próprio Albert Camus, cujo projeto literário possui diversos diálogos entre as próprias obras. |
Palavras-chave | morte, absurdo, literatura francesa |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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