“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 14050

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Letras
Setor Departamento de Letras
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq
Primeiro autor Mariane Almeida Varela
Orientador IARA CHRISTINA SILVA BARROCA
Título Morte e suicídio em O Mito de Sísifo, de Albert Camus
Resumo Desde o final do século XIX a França experimentava um ambiente de inovação, paz, cultura e
divertimento que ficou conhecido como Belle Époque. As novas formas de experimentar as
invenções, o mundo e a sociedade eram cada vez mais revigoradas, principalmente na
cosmopolitana Paris, onde havia, por exemplo, o Moulin Rouge, cujas danças e espetáculos
encantavam os espectadores. Este clima se estendeu por toda a Europa até a eclosão da
Primeira Guerra Mundial em 1914. A partir de então, a atmosfera se transformaria
drasticamente em decorrência dos eventos que se seguiram, como a Guerra Civil Espanhola, a
Segunda Guerra Mundial, o lançamento das bombas atômicas, a Guerra Fria. A atividade
artística, entretanto, ainda efervescia e a insatisfação, o medo, o horror e a violência alteraram
a concepção de mundo no campo das artes, incluindo os campos literário e filosófico. Um
determinado pessimismo predominou nos textos de diversos autores e contribuiu para a
criação de correntes de pensamento como o absurdismo e o existencialismo. Neste contexto,
pode-se citar nomes como Eugène Ionesco, Samuel Beckett, Arthur Adamov, os mais
conhecidos expoentes do Teatro do Absurdo; Martin Heidegger e Jean-Paul Sartre, que com
influências de Kierkegaard alargaram os horizontes do Existencialismo; Edmund Husserl,
fundador da Fenomenologia, e por fim, Albert Camus, que construiu a partir do existencialismo
seu sistema próprio, o absurdismo. Esta pesquisa, então, se concentra neste último, tendo
como objetivo investigar os temas morte e suicídio no ensaio filosófico O Mito de Sísifo.
Segundo Camus, o objetivo principal da filosofia é responder se a vida vale ou não a pena ser
vivida. Esta é uma pergunta que já foi pensada por todo e qualquer indivíduo que se encontra,
em algum momento, no desespero ou na infelicidade. O absurdo nasce a partir do divórcio do
homem com o mundo e ele, ao experenciar essa confrontação, pode considerar o suicídio
como opção de aniquilamento do absurdo. O que se pretende com este trabalho, ainda sem
discussões e conclusão, é analisar em que medida o suicídio e a morte se caracterizam como
possíveis escapes para o problema do absurdo e da validação da vida. Para isso, serão feitas
investigações de base exploratória, qualitativa e descritiva, de cunhos literário, filosófico e
histórico, com autores como Roger Quilliot, biógrafo de Camus; Philippe Ariès, historiador da
Escola dos Annales e da história das mentalidades, com foco na recepção da morte desde a
Idade Média ao século XX; Arthur Schopenhauer, filósofo pessimista que também tratou da
morte; além dos fenomenólogos com os quais Camus dialoga no ensaio, Jaspers, Heidegger, e
mais profundamente, Husserl, bem como o próprio Albert Camus, cujo projeto literário possui
diversos diálogos entre as próprias obras.
Palavras-chave morte, absurdo, literatura francesa
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,68 segundos.