“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13827

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Psicologia
Setor Departamento de Educação Física
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE, Outros
Primeiro autor Felipe Soares Tomaz Pereira
Orientador MIGUEL ARAUJO CARNEIRO JUNIOR
Outros membros Cintia Neves de Miranda, Daniele Pereira da Silva Araujo, PEDRO BARATTI LIMA, Samuel Gonçalves Almeida da Encarnação
Título Saúde mental de idosos: os riscos além do vírus durante a pandemia da COVID-19
Resumo INTRODUÇÃO: Com a pandemia da doença infecciosa COVID-19 (Coronavirus Disease 2019) no Brasil, não somente o vírus torna-se um fator de adoecimento, de inúmeras pessoas, em especial, os idosos. Esta população não é apenas um grupo de risco para o COVID-19, mas para uma série de outras enfermidades, como algumas relacionadas à saúde mental. Um comportamento importante para a preservação da saúde mental em idosos é o contato e o convívio social, seja por meio de atividades coletivas ou o maior contato com familiares e amigos que os cercam. O distanciamento social/presencial foi a medida primária de prevenção tomada por autoridades de saúde pública, além de inúmeras outras situações estressoras recorrentes na pandemia e responsáveis por sofrimento mental/emocional, que esse grupo tem que lidar. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos de 20 semanas da pandemia sobre índices de sofrimento mental de idosas. METODOLOGIA: Este foi um estudo longitudinal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos (CEP/UFV 60303716.1.0000.5153), no qual participaram 41 idosas, com idade de 67,6 ± 5,3 anos, selecionadas por conveniência do Projeto de Extensão Saúde e Vida (UFV) e do Programa Municipal da Terceira Idade (PMTI- Prefeitura Municipal de Viçosa). Para a coleta de dados foi usado o questionário Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), utilizado para detecção de indicativos de sofrimento mental, sendo aplicado por meio de entrevistas em dois momentos: presencialmente, antes da pandemia; e por telefone, após 20 semanas. Os pesquisadores foram capacitados por um profissional da Divisão Psicossocial da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Para a análise dos dados, aplicou-se o teste estatístico de McNemar, comparando as mudanças nas frequências relativas das respostas entre os dois momentos analisados. Além disso, o tamanho do efeito foi calculado usando o risco relativo (RR). O nível de significância adotado foi de p < 0,05. RESULTADOS: Ocorreu um aumento significativo no número de respostas positivas para a prevalência de sofrimento mental entre os dois momentos analisados (X²(1)= 8,51; p= 0,003), indo de 7 antes da pandemia (17%), para 13 respostas positivas na pandemia (31%), que representou um aumento de 85% nos respondedores positivos. Na primeira aplicação, 34 idosos (82%) permaneceram abaixo do ponto de corte para suspeita de sofrimento mental (≥ 7 respostas positivas), já durante a pandemia esse número caiu para 28 respondedores negativos (68%). Além disso, houve um RR= 2,5, indicando um risco duas vezes e meia maior de sofrer de algum transtorno psiquiátrico durante a pandemia quando comparado com os resultados antes da pandemia. CONCLUSÃO: Concluiu-se que este momento de pandemia provocou aumentos significativos no número de idosas com suspeita de sofrimento mental. Esses achados são de extrema relevância, pois servem de subsídio para a realização de intervenções no cuidado primário da saúde mental das idosas.
Palavras-chave Saúde Mental, Idosos, Pandemia
Forma de apresentação..... Painel
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