Resumo |
Introdução: As práticas de higiene pessoal desempenham um importante papel na prevenção de contaminações bacterianas, fúngicas e demais infecções na pele e na saúde em geral (PRADO, 2002). Hodiernamente, a pandemia da COVID-19 alertou as pessoas sobre a importância da desinfecção de objetos que tiveram contato com meio externo, assim como da higienização das mãos e de superfícies de uso coletivo são importantes ferramentas para manutenção da saúde. Da mesma forma, garantir a correta higienização dos espaços de uso coletivo é de extrema importância, visto que o risco de contaminação por patógenos é grande. Nestes locais, a contaminação das superfícies pode ocorrer por meio do contato de pele com pele, ou por meio do uso de equipamentos ou objetos compartilhados (YOUNG et al., 2017). Objetivo: Nesse sentido, este projeto teve como objetivo verificar, por meio de análises bibliográficas, o risco de contaminação por bactérias nas mãos dos alunos após as aulas de educação física advindas do contato com os quatro equipamentos mais usados pelos alunos, que são a bola de basquete, as raquetes de basquete, as bolas de voleibol e as bolas de tênis. Além disso, busca relacionar os hábitos de saúde dos alunos com a prevenção de infecções das vias aéreas neste período específico. Metodologia: Foram consultados dados das plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico. Foram selecionados para leitura e análise 13 artigos. O principal microrganismo analisado foi o Staphylococcus aureus devido à grande associação com infecções na pele e tecidos moles, visto a incidência do microrganismo nas superfícies de objetos e equipamentos compartilhados. Resultados: Estudos têm demonstrado que as superfícies podem servir como possíveis fontes de contaminação por esses microrganismos, sendo que, os mais comuns são e os microrganismos comumente encontrados são Staphylococcus aureus, as bactérias do gênero Enterobacteriaceae e Streptococcus pyogenes. Além destes, também foi observada a presença de microrganismos multirresistentes, tais como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA, methicillin-resistant Staphylococcus aureus) e Enterococos resistente à vancomicina (VRE, vancomycin-resistant enterococci). Dentre as superfícies analisadas, estavam bolas de basquete, bolas de vôlei, espaços para realização de ioga, e barras de halteres. (GOLDHAMMER et al., 2016; DALMAN et al., 2019; GONTJES et al., 2020). Conclusões: Diante disso, é importante ressaltar a necessidade da adoção de métodos de higienização eficazes, que garantam a correta desinfecção dos equipamentos mais usados pelos alunos nas aulas de educação física, a fim de evitar possíveis contaminações por patógenos. |