“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”

19 a 24 de outubro de 2020

Trabalho 13551

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Psicologia
Setor Departamento de Economia Doméstica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Rúbia Eliza de Lima Pedrosa
Orientador MARCIA BARROSO FONTES
Título O bem estar do cuidador familiar da pessoa com transtorno mental grave
Resumo A história da loucura nos remete a três grandes momentos na evolução da assistência em saúde mental. No primeiro momento no século XVII, surgem os hospitais gerais onde o foco era a internação de estrutura semijurídica e não visando o tratamento. Os doentes eram submetidos a trabalhos forçados como forma de castigo. Esta situação durou aproximadamente um século (SOARES, 2003, p. 84). No segundo momento, já no século XIX, a loucura se caracteriza com um aspecto mais psicológico tendo como principais representantes Pinel na França, Tuke na Inglaterra e posteriormente Esquirol. Com isso, o tratamento alicerçava-se no enfoque asilar com disciplina rígida que passou a ter uma função terapêutica (ORNELLAS, apud SOARES, 2003, p 86). Já no final do século XX, ocorrem os primeiros movimentos da desinstitucionalização, quando a pessoa portadora de sofrimento psíquico começa a deixar os manicômios e passa a ser assistida por serviços substitutivos, abertos e comunitários. O Brasil ainda tem muito a caminhar no que diz respeito à reforma psiquiátrica, ainda que, seja possível destacar dois importantes avanços: um deles foi a aprovação da lei Paulo Delgado nº 10.216 onde o deputado que nomeia a mesma a fez e conseguiu sua aprovação em 2001, e outra foi a adaptação do modelo de reforma italiana, que se trata da formação de núcleos de apoio como os CAPS. É neste cenário que o cuidado com a pessoa com transtorno mental se torna um tema emergente, inserindo especialmente a família nesta discussão, devido às novas propostas de tratamento aberto e em parceria com a comunidade. Além da fragilidade de vínculos que pode comprometer o tratamento, o cuidado pode ou não gerar algum impacto no bem estar dos cuidadores familiares de pessoas com transtorno mental grave. O presente trabalho objetiva investigar associações existentes entre o bem estar dos cuidadores familiares e a implantação da Reforma Psiquiátrica no Brasil, ou seja, se devido ao cuidado, as famílias vivenciam impasses, desafios e emoções que podem comprometer o seu bem estar. Com base nas características dos cuidadores familiares, na revisão teórica efetivada e nos dados sócio demográficos levantados até o momento, foi possível identificar que um dos indicadores é a privação dos momentos de lazer que afeta a grande maioria das pessoas que são cuidadoras de pessoas com transtorno mental, afetando assim seu bem estar. Contudo, o bem estar dos cuidadores depende da maior atenção e respaldo dos serviços de saúde mental e da sociedade como um todo, no sentido de garantir o bem estar, tanto do familiar como da pessoa com transtorno mental grave. Espera-se que este estudo possa respaldar equipes e estudiosos da área, subsidiando estratégias e construção de políticas públicas relacionadas ao bem estar de quem cuida de uma pessoa com transtorno mental grave.
Palavras-chave Família, Saúde Mental, Cuidado
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,63 segundos.