“Inteligência Artificial: A Nova Fronteira da Ciência Brasileira”
19 a 24 de outubro de 2020
Trabalho 13226
| ISSN | 2237-9045 |
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| Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
| Nível | Graduação |
| Modalidade | Extensão |
| Área de conhecimento | Ciências Biológicas e da Saúde |
| Área temática | Medicina |
| Setor | Departamento de Medicina e Enfermagem |
| Conclusão de bolsa | Não |
| Primeiro autor | Laira Lopes Tonon |
| Orientador | BEATRIZ SANTANA CAÇADOR |
| Outros membros | Március Cláudio da Silva, Mariana Marques Lara |
| Título | Educação em saúde sobre atividade física e saúde mental com pessoas privadas de liberdade: um relato de experiência |
| Resumo | INTRODUÇÃO: Segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, no fim de 2019, a população carcerária no Brasil era de 748.009 pessoas. Considerando-se as condições de insalubridade, falta de estrutura física adequada e superlotação presentes no sistema prisional, é ainda mais difícil para essa população seguir cuidados básicos de saúde, como práticas de atividades físicas. Além disso, como geralmente esses indivíduos são oriundos de comunidades desfavorecidas, já apresentam condições de saúde precárias antes mesmo do encarceramento. OBJETIVO: Relatar a experiência de elaborar e realizar uma atividade de educação em saúde para um grupo de pessoas privadas de liberdade do Presídio de Viçosa. DESCRIÇÃO DAS PRINCIPAIS AÇÕES: O tema sugerido por profissionais do Presídio de Viçosa em diálogo com membros da Liga Universitária de Saúde de Populações Negligenciadas Maria Aragão (Luma) foi “Saúde Mental”. Na elaboração da atividade, os membros da Luma discutiram o livro “Pedagogia da Autonomia”, de Paulo Freire. Em seguida, a Frente de População Privada de Liberdade convidou o fisioterapeuta e estudante de Medicina Március da Silva para auxiliar na elaboração. O tema escolhido foi “Alongamentos para prevenção de dor na coluna vertebral e promoção da saúde mental”, considerando-se que saúde mental e física estão intimamente conectadas. Com a compreensão de que o aprendizado é uma construção coletiva, o roteiro incluiu a apresentação do projeto, uma conversa inicial sobre saúde mental, a orientação de uma série de exercícios de alongamento que podem ser feitos em pequenos espaços e o encerramento com esclarecimento de dúvidas. No dia 8 de novembro de 2019, os estudantes foram até o Presídio de Viçosa, conheceram o local e esclareceram dúvidas sobre o cotidiano da população residente. Devido a logística, o grupo convidado para realização da atividade foi o de detentos do regime semiaberto e a ação foi realizada em espaço destinado a práticas em grupo. A atividade teve duração de 2 horas e participaram 18 pessoas privadas de liberdade. RESULTADOS ALCANÇADOS: A ação teve boa receptividade pelo grupo, que participou ativamente de todos os momentos. A resposta foi positiva, com solicitações de retorno com outras atividades, que seriam uma boa ocupação e um aprendizado sobre saúde. Ademais, foi possível reforçar laços entre a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Viçosa, os privados de liberdade e a administração do Presídio de Viçosa, favorecendo ainda mais a integração ensino-serviço nesta realidade. CONCLUSÕES: Ações de promoção em saúde para populações negligenciadas têm que ser elaboradas levando-se em conta a realidade dos indivíduos. Além disso, ficou evidente que não há atenção necessária por parte do poder público ao indivíduo que se encontra sob tutela do Estado no sistema prisional, o que acarreta na privação de inúmeros direitos constitucionais, inclusive o de acesso a uma saúde mais integral, que deveria ser assegurado a todos. |
| Palavras-chave | educação em saúde, população privada de liberdade, saúde mental |
| Forma de apresentação..... | Painel |
| Link para apresentação | Painel |
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