Resumo |
Introdução: A gravidez é um período de constantes transformações físicas, psicológicas e sociais na vida da mulher. São modificações complexas e individuais, que variam entre as mulheres e podem gerar medos, dúvidas, angústias e a curiosidade de saber o que está acontecendo com seu corpo. Isso acontece não somente durante a gravidez, mas também no puerpério, momento em que a amamentação se torna um dos principais desafios na nova rotina. Social e historicamente, há uma construção de ideias romantizadas sobre o período gestacional e o aleitamento materno, as quais nem sempre correspondem com a tarefa desafiadora que é a maternidade. Esses desafios são potencializados em comunidades rurais onde o acesso à educação formal e aos cuidados em saúde são mais escassos. Desse modo, promover segurança, apoio e informação às gestantes sobre esse momento constituem compromisso social e constituinte da matriz formativa de acadêmicos de enfermagem. Nesse contexto, estudantes do 2° Período de Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa realizaram uma roda de conversa na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cachoeirinha – comunidade de zona rural, do município de Viçosa, MG, com as gestantes do bairro. Objetivos: Relatar a experiência de realização de grupo educativo com gestantes de uma zona rural acerca da gestação e amamentação. Descrição das principais ações: Foram realizadas atividades de educação em saúde no dia 11 de novembro de 2019, com duração de 4 horas. Os temas abordados foram gestação e amamentação, visando explicar todas as mudanças físicas e psicológicas que acontecem durante esse período delicado, esclarecer dúvidas e realizar uma troca de experiências, mesclando a teoria estudada em sala de aula e a prática vivenciada por elas. Para este momento, os discentes prepararam cartazes educativos, atividades interativas e um chá de bebê beneficente para facilitar a comunicação, a adesão e a participação das gestantes. Resultados: Durante todo o momento da realização da referida prática de educação em saúde, as futuras mães foram muito participativas, demonstraram se sentir à vontade para contar suas experiências, tirar as dúvidas e relataram terem ficado muito satisfeitas com o encontro organizado pelos discentes. A oportunidade de troca de experiências entre elas, mediada por questões como: “Quem aqui já deu de mamar? Como foi para você?“ permitiu maior liberdade para apresentarem suas singularidades, crenças e experiências. Conclusões: Acredita-se que foi uma troca mútua de conhecimento, a qual proporcionou a criação de um vínculo entre os estudantes, os profissionais de saúde da UBS e as gestantes, além de gerar impactos positivos na vida destas, agregando informações e aprendizados e tranquilizando-as em relação à fase única a qual estavam vivendo e os próximos desafios que viriam a enfrentar. Ademais, o conhecimento sobre o processo de gestar permite maior empoderamento da mulher sendo importante instrumento de luta contra violência obstétrica. |