Resumo |
A palavra teoria é definida como uma distinção da realidade, sendo assim, feita para um propósito específico. Na Enfermagem, teóricos de enfermagem, destacam que essas hipóteses contribuem para uma base fundamentada sobre a prática da mesma, pois reúnem proposições para pensar a assistência, evidenciam fatos, limites e relações entre profissionais e pacientes, que cuidam e são cuidados. Desse modo, a Enfermagem vem sendo construída, especialmente nas três últimas décadas, por meio de uma base humanista de atenção, que busca significado na existência do ser humano. É por meio do cuidado com a pessoa e com a vida, sob um enfoque holístico, que se dá a verdadeira capacitação profissional, pois a essência da Enfermagem se constrói a partir da relação com o próximo. Assim, o presente estudo, visa relacionar a Teoria do cuidado holístico de Myra Estrin Levine, a Teoria do cuidado transpessoal de Jean Watson, e a Teoria ambientalista de Florence Nightingale, com as perspectivas dos relatos experienciados, durante a vigência da disciplina de “Tópicos especiais em enfermagem V”, do curso de enfermagem, da Universidade Federal de Viçosa. A disciplina foi realizada durante o Período Especial de Outono (PEO), de forma remota, e sua metodologia utilizada foi a entrevista com especialistas, onde os estudantes puderam vivenciar as histórias e a atuação profissional de enfermeiros atuantes nos diferentes níveis de atenção à saúde, abordando temáticas relacionadas ao ensino, gerência e assistência de enfermagem. Seu escopo geral, é identificar nesses relatos, marcadores das teorias supracitadas e a partir dessa identificação, evidenciar, a contribuição do encaixe da teoria, na prática de enfermagem, por meio de revisões em literaturas científicas e consulta aos materiais gravados durante as aulas. Logo, analisando as histórias e os casos clínicos de cuidado citados pelos profissionais entrevistados, a pesquisa obtém como resultado o alcance de seus objetivos principais, e ainda atinge a proposição de que os cuidados implementados aos casos, somente foi efetivo pois tinham em si marcas de um cuidado que transcende à atenção física, que valoriza um sistema humanístico-altruísta, considerando as particularidades individuais do cliente, e zelando por um ambiente hospitalar acrato. Observa-se assim que a necessidade de avaliar não somente a doença do paciente, mas também o meio ao qual está inserido, bem como suas particularidades, otimizam e efetivam o cuidado. Dessa forma, conclui-se, portanto que as teorias de Myra Estrin Levine, Jean Watson e Florence Nightingale, contribuem de forma explícita, quando implementadas, no cuidado ao cliente, e que esse faz-se efetivo. Ademais, pode-se concluir que nas experiências relatadas durante a disciplina, há marcadores das três teóricas. |