Resumo |
Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são provocadas por bactérias, vírus ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, a partir do contato sexual quando não há o uso de preservativo com uma pessoa infectada. Podem também ser transmitidas através do contanto da mãe com a criança durante a gestação, parto ou amamentação. Essa condição afeta a qualidade de vida dos infectados, sendo necessário realizar o tratamento e interromper a cadeia de transmissão destas infecções. O objetivo deste trabalho foi avaliar conhecimentos e práticas dos estudantes da Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba (UFV/CRP) sobre IST. Metodologia: Este trabalho foi realizado a partir de informações coletadas na disciplina de Epidemiologia, no primeiro semestre de 2019. Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, descritiva e analítica, realizado com estudantes da UFV/CRP, em maio de 2019. Utilizou-se um questionário autoaplicável, que foi desenvolvido por meio da ferramenta Google Forms e disponibilizado para preenchimento online. Resultados: Ao todo, participaram 148 estudantes (7,2% do total de alunos matriculados em 2019). A maioria era do sexo feminino, tinha idade entre 17 e 21 anos, era solteira, católica e possuía renda entre 1 a 2 salários mínimos. Na avaliação sobre as formas de transmissão de algumas doenças, constatamos que a maior parte dos entrevistados acreditava que ao usar banheiros públicos poderiam ser infectados com Sífilis e Gonorreia. Alguns participantes mencionaram que a dengue e a malária poderiam ser transmitidas na ausência de uso do preservativo. Além disso, uma parcela significativa acreditava que a AIDS tem cura e concordaram com a afirmação de que “uma pessoa pode ser infectada com o vírus da AIDS compartilhando talheres, copos ou refeições”. Em contrapartida, a maioria concordou que o uso de preservativo é uma estratégia para prevenir a transmissão do vírus da AIDS. Quanto à obtenção de conhecimento sobre educação sexual, menos da metade dos alunos afirmou ter recebido algum tipo de informação na UFV/CRP e muitos não conhecem os serviços de saúde que oferecem testes para o diagnóstico de IST. Mais da metade da população afirmou já ter apresentado alguma patologia relacionada ao tema, sendo que a maioria buscou tratamento. Foi perguntado se os alunos acreditavam que o uso de álcool ou drogas pode fazer com que as pessoas transem sem usar camisinha e a maior parcela concordou. Concluímos que a falta de conhecimento sobre formas de transmissão e práticas de risco para IST na UFV/CRP é um fator preocupante. Por ser um público universitário, esperava-se maior conhecimento sobre o tema. Portanto, são necessárias campanhas para o esclarecimento dos estudantes. Vale ressaltar que a experiência obtida a partir deste trabalho foi extremamente engrandecedora, por representar uma oportunidade para os discentes aplicarem, na prática, os conhecimentos discutidos na disciplina de epidemiologia. |