Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

22 a 24 de outubro de 2019

Trabalho 12784

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biotecnologia
Setor Instituto de Ciências Agrárias
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Caroline Azevedo Moreira
Orientador PAULO SERGIO MONTEIRO
Outros membros Letícia Campos Gois, MILENE THEREZINHA DAS DORES, Pablo Henrique Soares dos Santos
Título Produção e caracterização de farinha de banana verde e sua aplicação na produção de leite fermentado
Resumo A farinha de banana verde é reconhecida por sua ação prebiótica proporcionada pelo amido resistente presente em sua composição. Este estudo objetivou a produção e caracterização química de farinha de polpa de banana (Musa spp.) verde e sua avaliação na produção de leite fermentado contendo Streptococcus thermophilus. A farinha foi obtida pela desidratação da polpa em estufa com circulação de ar à 62ºC durante 10 horas. Posteriormente, a polpa desidratada foi triturada em moinho de bolas para obtenção da farinha. A farinha foi submetida às análises de lipídeos, proteínas, cinzas e umidade. Para avaliação da utilização da farinha foram utilizadas duas diferentes formulações de leite fermentado. O leite utilizado nas formulações foi obtido a partir da dissolução de 13 g de leite em pó desnatado em 100 mL de água destilada. Após a hidratação, o leite foi submetido ao tratamento térmico de 95ºC durante 10 minutos, com posterior resfriamento à 42ºC. O tratamento A (controle) foi composto por 450 mL de leite sem nenhuma adição, enquanto o tratamento B foi composto por 450 mL de leite e 5% (m/v) de farinha de banana verde. O leite foi inoculado com 0,2% (m/v) de cultura liofilizada de S. thermophilus. Durante a fermentação, à 42ºC, foram realizadas análises de pH em intervalos pré-determinados durante 4 horas. Após a fermentação, o leite fermentado foi armazenado à 4ºC e foi realizada a contagem de S. thermophilus, utilizando meio de cultura M17, em intervalos de 14 dias durante 28 dias de armazenamento. Os resultados foram expressos em unidades formadoras de colônias (UFC/mL). O experimento foi realizado com três repetições para cada tratamento. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e análise de regressão ao nível de 5% de significância, utilizando o software R 3.6.1. A farinha apresentou 1,38% (m/m) de lipídeos, 2,28% (m/m) de proteínas, 4,01% (m/m) de cinzas e 14,25% (m/m) de umidade. A matéria-prima não influenciou significativamente no pH durante a fermentação, sendo que o pH do tratamento controle variou de 7,30 ± 0,006 até 4,57 ± 0,06, enquanto o pH do tratamento B variou de 7,14 ± 0,02 até 4,73 ± 0,04. Não houve diferença estatística entre as contagens de S. thermophilus dos diferentes tratamentos nos tempos de 1, 14 e 28 dias de armazenamento. Para o tratamento controle, as contagens apresentaram diferença estatística entre os tempos de armazenamento e foram iguais a 9,02, 9,18 e 8,75 log UFC/mL nos tempos de 1, 14 e 28 dias, respectivamente. Para o tratamento B, as contagens foram iguais a 9,05, 9,21 e 8,76 log UFC/mL para os tempos 1, 14 e 28 dias, respectivamente, onde as contagens dos tempos 1 e 14 dias não apresentaram diferença estatística e foram diferentes da contagem no tempo de 28 dias. Desta forma, conclui-se que é possível utilizar a farinha de banana verde em leite fermentado e seu uso não influencia no processo fermentativo e no desenvolvimento de S. thermophilus durante o armazenamento do produto.
Palavras-chave Prebiótico, Streptococcus termophilus, leite fermentado.
Forma de apresentação..... Painel
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