Resumo |
O alho é uma cultura sensível e exige maiores cuidados no seu manejo, principalmente em relação a plantas daninhas, que são competidoras competentes por água, luz e nutrientes e podem acarretar em problemas nessa cultura. Entre os métodos de controle de plantas daninhas, o químico, em muitos casos, é o mais eficiente e usado. Contudo, para a cultura do alho, existem poucos registros de herbicida. Embora não seja registrado para o alho, o herbicidas como, oxyfluorfen, oxadiazon, linuron e flumioxazin, apresenta potencial de uso como pré–emergentes. Com isso, neste estudo, objetivou-se avaliar a viabilidade do uso de herbicidas pré-emergentes na cultura do alho. O experimento foi realizado a campo em delineamento em blocos casualizados (DBC), com quatro repetições. Os tratamentos foram compostos por 1) testemunha, mantida com capina manual, 2) 3,0 L ha-1 de oxadiazon + 2,0 L ha-1 de linuron; 3) 3,0 L ha-1 oxadiazon + 0,050 L ha-1 flumioxazin; 4) 2,0 L ha-1 oxadiazon + 0,030 L ha-1 flumioxazin + 1,0 L ha-1 linuron; 5) 3,0 L ha-1 oxadiazon + 0,1 L ha-1 flumioxazin + 0,5 L ha-1 oxyfluorfen; 6) 2,0 L ha-1 oxadiazon + 0,020 L ha-1 flumoxazin + 0,3 L ha-1 oxyfluorfen; 7) 3,0 L ha-1 oxadiazon. Após a aplicação dos produtos em pré-emergência, plantou-se o alho e em seguida foram realizadas as seguintes avaliações: controle de plantas daninhas, possíveis intoxicações em plantas de alho e índice SPDA (conteúdo de clorofila). As avaliações de intoxicação de plantas de alho foram realizadas aos 7, 15 e 30 dias após a aplicação. Neste periodo, foi analisado, de forma aleatoria, o conteúdo de clorofila da folha de dez plantas, em cada parcela experimental, por meio do medidor portátil SPAD-502. Aos 7, 15 e 30 DAA, foi utilizado o método do quadrado inventário, utilizando-se um quadrado de 25 x 25 cm, lançado ao acaso 8 vezes por parcelas para a identificação e a contagem das espécies de plantas daninhas presentes, obtendo-se na infestação de plantas/m². Observou-se em todos os tratamentos, aos 7, 15 e 30 DAA, a ausência de sintomas de fitotoxicidade em plantas de alho e a ausência de plantas daninhas na área. O que indica que todos os tratamentos foram eficientes no controle de plantas daninhas. Em relação ao SPAD, no tempo de 7 DAA não houve variação. Aos 15 DAA houve aumento dessa variável nos tratamentos oxa (3,0)/flu (0,050), oxa (3,0), oxa (2,0)/flu (0,020)/oxy (0,3), já nos tratamentos, oxa (3,0)/linu (2,0), oxa (2,0)/flu (0,030)/linu (1,0) e oxa (3,0)/flu (0,1)/oxy (0,5), houve redução. Quando comparadas a testemunha. Já aos 30 DAA, o tratamento com oxa (3,0)/flu (0,1)/oxy (0,5) continuou reduzindo o valor desta variável e as plantas dos demais tratamentos se recuperaram. Conclui-se que, as associações de herbicidas pré-emergentes testadas são eficientes no controle plantas daninhas. Os herbicidas não causam intoxicações nas plantas de alho. Somente o tratamento com oxa (3,0)/flu (0,1)/oxy (0,5) apresentou variação em relação ao SPAD. |