Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

22 a 24 de outubro de 2019

Trabalho 12750

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento animal
Setor Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Iuri Batista da Silva
Orientador KARINE FREHNER KAVALCO
Outros membros HUGO DE AZEVEDO WERNECK, RUBENS PASA
Título Filogenia molecular de Brycon (Characiformes, Bryconidae) das bacias do Paraná, São Francisco e Atlântico Sudeste
Resumo Brycon é um gênero da família Bryconidae com 44 espécies válidas distribuídas pela América do Sul. Muitas destas possuem importância econômica e se encontram sob alguma categoria de ameaça de extinção. Apesar disso, estudos taxonômicos são escassos e apresentam problemáticas no estabelecimento da família Bryconidae dentro de Characiformes. Contudo, trabalhos recentes têm buscado utilizar a filogenia molecular para construção de relações filogenéticas e auxiliar na resolução destes problemas. Diante deste cenário, o presente trabalho objetivou utilizar o gene mitocondrial COI para reconstruir a história evolutiva das espécies do gênero com ocorrência nas bacias do Paraná, São Francisco e Atlântico Sudeste. Para isso, foram utilizadas sequências disponíveis no GenBank, bem como obtidas do acervo do LaGEEvo (Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva), referentes às espécies B. opalinus, B. insignis, B. orbignyanus, B. insignis, B. orthothaenia, B. hilarii, B. nattereri e Chalceus macrolepidotus. Foram obtidas 45 sequências distribuídas entre as 7 espécies amostradas, sendo alinhadas com o algoritmo MUSCLE no software Mega X 10.0.5. Em seguida, a inferência Bayesiana foi realizada no programa MrBayes v3.2. As árvores resultantes foram visualizadas e editadas no programa FigTree v1.4.4, sendo enraizada no grupo externo Chalceus macrolepidotus. Associado a esses resultados, a filogenia obtida a partir da inferência Bayesiana nos mostrou evidente estruturação dentre os indivíduos da mesma espécie. Indicando a estabilidade genética do gênero e ausência de fluxo gênico entre as espécies amostradas. Com isso, houve estabelecimento de dois grandes clados bem delimitados, sendo um composto por B. insignis e o outro formado pelas demais espécies. Esse segundo grupo é subdividido pelo agrupamento de B. hilarii, B. orbignyanus e B. orthotaenia e pelo clado com B. opalinus e B. nattereri. Essa separação pode ter ocorrido principalmente devido as relações entre B. opalinus e B. nattereri, tido como grupos irmãos em estudos taxonômicos, moleculares e filogeográficos, possivelmente fruto de uma especiação mais recente. B. nattereri, por sua vez, foi a única espécie dividida em dois clados bem suportados, um correspondente à bacia do rio São Francisco e outro à do Paraná. Portanto, propõe-se que esta construção filogenética de B. nattereri seja o resultado de diferenças acumuladas entre as populações em decorrência da ausência do fluxo gênico entre elas. Com isso, entende-se que o gênero apresenta variações genéticas suficientes para o estabelecimento de uma filogenia molecular consistente, que pode integrar estudos taxonômicos com o gênero.
Palavras-chave bayesiana, COI, evolução
Forma de apresentação..... Painel
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