Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

22 a 24 de outubro de 2019

Trabalho 12735

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Ciência dos materiais
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Luis Gustavo Blom Machado
Orientador CASSIANO RODRIGUES DE OLIVEIRA
Outros membros Gabriel Bonagurio Moraes, MARIA CLAUDIA SOUSA ALVARENGA
Título Utilização do resíduo de ardósia na construção civil
Resumo Utilizada muitas vezes como revestimento no Brasil, a ardósia é uma rocha metamórfica que ajuda a movimentar o mercado minerador no país, representando aproximadamente 5% da produção nacional de rochas ornamentais, que em 2017 chegou a cerca de 9 milhões de toneladas. Com isso, a necessidade de novas alternativas de utilização dos resíduos gerados no seu beneficiamento torna-se uma grande estratégia para mitigar os danos causados ao meio ambiente. Portanto, esse trabalho teve como principal objetivo propor uma utilização para o Resíduo de Ardósia (RA) gerado no corte e polimento de placas de ardósia na cidade Paraopeba/MG, em misturas a base de cimento. Em análise preliminar, a caracterização tecnológica do RA apontou um alto teor de material pulverulento, devido ao seu processo produtivo, direcionando o seu uso como adição a argamassas e concretos. Sendo assim, utilizou-se teores de 0 à 50% de RA, variando-se ainda a proporção de agregado e a relação água/cimento das misturas para análise da resistência à compressão. Logo, com os resultados obtidos, montou-se superfícies de respostas, onde foi possível entender o comportamento das misturas. Notou-se que a adição do RA, se mostrou positiva para grande parte dos traços 1:3, sendo os melhores resultados para as relações água/cimento (a/c) de 0,4 e 0,8 no qual, todos os teores de RA expressaram valores superiores ao referência, destacando-se o traço 1:3 com a/c 0,4 e 8% de adição de RA apresentando um aumento de aproximadamente 230% da resistência à compressão. Este tipo de comportamento também foi constatado para concretos quando adicionado 8% de RA, nos quais, verificou-se um baixo índice de absorção, boa trabalhabilidade e resistência a compressão de 38,5 MPa. Essa melhoria pode ser justificada devido o comportamento de fíller do material, melhorando o empacotamento das partículas, reduzindo os vazios da argamassa e contribuindo de forma direta para o aumento da resistência à compressão. Já para os traços mais pobres em cimento, observou-se um comportamento diferenciado, onde os maiores teores de RA e de a/c mostraram-se mais efetivos. Com base nos resultados obtidos, verificou-se que, por meio do uso do RA, pode-se reduzir aproximadamente 25 kg de cimento por metro cúbico de argamassa para uma resistência estrutural (20 – 25 MPa). Portanto, a aplicação do resíduo mostrou-se viável economicamente – reduzindo os custos das misturas –, tecnicamente – garantindo uma melhora significativa nas características mecânicas, como a resistência à compressão –, e ambientalmente, uma vez que, os resíduos são descartados no meio ambiente podendo causar o assoreamento de rios e inviabilizar a utilização da área de depósito.
Palavras-chave Reaproveitamento de resíduos, argamassa, efeito fíller
Forma de apresentação..... Oral
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