Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável

22 a 24 de outubro de 2019

Trabalho 12693

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Química ambiental e agrícola
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Larissa Verri Volpe
Orientador VANIA MARIA MOREIRA VALENTE
Outros membros MARLON CORREA PEREIRA
Título Óleo essencial de gengibre (Zingiber officinale roscoe): composição química e atividade antifúngica.
Resumo O gengibre é o tubérculo da planta Zingiber officinale roscoe, originária do sul da Ásia, que se tornou cultura comercial em várias partes do mundo. Muito conhecido por suas propriedades farmacológicas e medicinais, além de ser uma especiaria muito apreciada na culinária. Também produz óleos essenciais, que são metabólitos secundários relacionados com diversas funções importantes à sobrevivência das plantas, exercendo papel fundamental na defesa contra microrganismos. Estes óleos são extraídos de diversas partes de plantas e possuem composição química complexa e varia entre as espécies, as partes de um mesmo vegetal, entre outros fatores. Várias substâncias encontradas em óleos essenciais possuem diversas atividades biológicas e podem ser exploradas em diversos ramos de atividade produtiva e comercial, por exemplo, no controle de fungos fitopatógenos. Este trabalho teve como principais objetivos: (i) determinar a composição química do óleo essencial de gengibre comercial e também do óleo essencial de gengibre comprado num hipermercado de Patos de Minas, (ii) avaliar a atividade antifúngica dos dois óleos sobre os fungos: Aspergillus niger, Pencilium expansum, Sclerotium rolfsii e Sclerotinia sclerotiorum. O óleo essencial (OE) do gengibre comprado foi extraído por meio de hidrodestilação e tanto o óleo extraído quanto o óleo comercial foram analisados por meio de Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CGEM). A identificação dos componentes desses óleos foi obtida por meio do cálculo dos respectivos índices aritméticos, e também por comparação com a espectroteca NIST. A atividade antifúngica do óleo foi avaliada in vitro, utilizando placas de Petri, contendo meio de cultura acrescido do óleo em concentrações de 0,1% e 0,2%, em comparação a um controle branco e um fungicida comercial cujo principio ativo é a azoxistrobina. Os fungos foram inoculados no centro das placas e o diâmetro do crescimento radial medido após 60h de incubação a 25 oC. O OE extraído apresentou 39 componentes, sendo os majoritários: Eucaliptol (10,06%), Z-Citral (14,73%), E-Citral (20,63%) e α –Curcumeno (12,63%). Enquanto no OE comercial foram identificados 28 componentes, sendo majoritários: α-Curcumeno (10,92%), Zingibereno (42,34%), β-Bisaboleno (14,11%) e β-Sesquifelandreno (16,16%). Na avaliação da atividade antifúngica, o óleo extraído foi mais eficiente inibindo 100% o crescimento dos quatro fungos a uma concentração de 0,2%. E em concentração de 0,1% a menor inibição foi de 50,4 % sobre A. niger e a maior de 100% sobre S. sclerotiorum. Ressalta-se que o fungicida a 0,1 % inibiu A. niger em 24,6% e S. sclerotiorum em 100%. O melhor resultado apresentado pelo óleo comercial foi de 51,3 % de inibição a uma concentração de 0,2% sobre S. sclerotiorum. Este estudo demonstrou que os óleos essenciais de gengibre (comercial e extraído) possuem diferentes composições químicas, o que explica a distinta atividade antifúngica.
Palavras-chave Óleo essencial, fungos, atividade antifúngica.
Forma de apresentação..... Oral
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