Resumo |
INTRODUÇÃO: Estudos vem evidenciando um incremento significativo da prevalência de sobrepeso e obesidade entre as crianças de 5 a 9 anos. Em 1975, 10,9% dos meninos e 8,6% das meninas apresentavam sobrepeso; em 2010, esse número subiu para 34,8% e 32% entre meninos e meninas, respectivamente. Em relação à obesidade, a prevalência passou de 2,9% para 16,6% entre os meninos, e de 1,8% para 11,8% entre as meninas. Considerando assim, que os déficits ou os excessos nutricionais podem estar presentes na fase pré-escolar, o diagnóstico nutricional das crianças é o primeiro passo para o estabelecimento de estratégias de educação nutricional em grupo, fase de extremo desenvolvimento e aprendizagem das crianças. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional e os conhecimentos sobre os alimentos durante oficinas de educação nutricional de pré-escolares. METODOLOGIA: Estudo longitudinal, com crianças de 4 a 5 anos, de ambos os gêneros, de escolas privadas da cidade de Rio Paranaíba, MG. Foram avaliados o perfil sócio familiar e nutricional (antropometria e consumo alimentar) e realizadas oficinas de educação alimentar e nutricional visando identificar o conhecimento das crianças sobre alimentação, de modo a estimular as práticas alimentares saudáveis incluindo a participação das crianças nas tarefas que envolvam escolhas dos alimentos e elaboração de lanches saudáveis para consumo na escola. RESULTADOS: Participaram do estudo 33 pré-escolares. A maioria permanecia cerca de 4 horas/dia na escola, tendo a mãe a principal responsável por cuidar e preparar a alimentação. Os grupos de Leite e derivados, Frutas, Verduras e Legumes apresentaram o consumo de 5 a 7 vezes na semana como mais prevalente. Para os alimentos industrializados o consumo da maioria das crianças foi de 2x na semana. Das 30 crianças avaliadas na antropometria, a maioria apresentou estado nutricional adequado. Nas atividades de educação alimentar e nutricional, verificou mudanças no comportamento alimentar, especialmente em relação as escolhas/conhecimento dos grupos de vegetais e frutas, em detrimento ao industrializados após as intervenções. CONCLUSÃO: As atividades de educação nutricional mostraram-se positivas podendo ser adotadas como estratégia de melhoria da alimentação de pré-escolas. |