ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Pós-graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Sociologia |
Setor | Departamento de Economia Rural |
Bolsa | FAPEMIG |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | FAPEMIG |
Primeiro autor | Camila Olídia Teixeira Oliveira |
Orientador | BIANCA APARECIDA LIMA COSTA |
Outros membros | IRENE MARIA CARDOSO, IVONETE DA SILVA LOPES |
Título | Mulheres em movimento: experiências feministas na construção do conhecimento agroecológico. |
Resumo | Sabemos que as mulheres agricultoras agroecológicas vêm tensionando os feminismos hegemônicos e, por meio de suas identidades, têm travado disputas no seio das teorias feministas, contestando a colonialidade dos saberes e da produção do conhecimento ‘moderno’, ‘cartesiano’ e ‘globalizado’. Assim, se faz importante a construção de uma ‘agroecologia feminista’, pois, apesar dos avanços motivados principalmente pelos feminismos na agroecologia, a ciência agroecológica ainda segue persuadida pela lógica da ‘neutralidade’ científica e muitos dos seus conhecimentos podem ser invisibilizados. Quando se trata das experiências de mulheres agricultoras e das comunidades tradicionais, estes conhecimentos costumam ser vistos como não racionais e demasiadamente ‘femininos’, ou seja, não suficientemente ‘científicos’ para os padrões da ciência convencional. Assim, a pesquisa trata da construção do conhecimento agroecológico a partir das perspectivas e experiências das mulheres do movimento, com o objetivo de compreender o papel desempenhado pelas mulheres na construção do conhecimento agroecológico. Deste modo, priorizamos uma perspectiva epistemológica decolonial e feminista de ciência, que percebe a presença feminina (e feminista) como responsável por ampliar os campos disciplinares do conhecimento científico tradicional. Deste modo, analisamos as intersecções entre agroecologia e gênero na literatura científica e realizamos oito entrevistas semiestruturadas com diferentes lideranças femininas que compõem o movimento agroecológico e fizeram parte da XIII Troca de Saberes da Universidade Federal de Viçosa (UFV). As entrevistas foram gravadas, transcritas manualmente e analisadas de acordo com cinco fases que incluíram: compilar, decompor, recompor, interpretar e concluir a análise dos dados e suas interações. Como demonstra a literatura, as mulheres são as principais responsáveis pelo cuidado, se preocupando com a qualidade e quantidade dos alimentos consumidos por suas famílias, dividindo todo o seu tempo na realização de tarefas referentes ao trabalho doméstico, de cuidados e de cultivo e/ou processamento de alimentos. A partir das entrevistas percebemos que o cuidado e a reprodução do trabalho desempenhado pelas mulheres são fundamentais na construção da práxis e dos conhecimentos agroecológicos e, que o engajamento na agroecologia, faz parte das trajetórias pessoais e profissionais das entrevistadas. De acordo com as entrevistadas, é a realidade das mulheres que as fazem sujeitos fundamentais para a construção da agroecologia, seja como prática, teoria ou movimento. Assim, devemos nos atentar para as potencialidades de transformação das mulheres na agroecologia e à sua capacidade de construção de um conhecimento ‘holístico’, preocupado com o(s) sistema(s) agroalimentar(es) e as pessoas em sua totalidade. |
Palavras-chave | Gênero, Ciência, Estudos decoloniais |
Forma de apresentação..... | Vídeo |
Link para apresentação | Vídeo |
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