"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 20057

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Agronomia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ariana da Silva Neto
Orientador SEBASTIAN GIRALDO MONTOYA
Outros membros Filipe Candian Silva, Luan Machado Oliveira, LUCILENE SILVA DE OLIVEIRA, Mylliana Cristina Viana da Costa
Título Frutos de macaúba (Acrocomia aculeata) submetidos a diferentes métodos de secagem visando a extração de óleo da polpa
Resumo A macaúba (Acrocomia aculeata) é uma palmeira nativa, rústica e versátil. Produz frutos oleaginosos, dos quais, podem ser extraídos óleos de qualidade da polpa e da semente como matéria-prima para o biodiesel (COIMBRA & JORGE, 2011) para indústrias cosmética e alimentícia (BARRETO et al., 2016). A alta concentração de ácido láurico no óleo tem rendido comparações com o azeite de oliva (Olea europaea L.) (GOULART, 2014). Durante a extração do óleo da polpa, a umidade interfere no potencial máximo de produção e na química do óleo. O presente trabalho teve como objetivo testar três formas de secagem analisando o efeito da temperatura e do tempo durante o processo de secagem. Foram colhidos frutos maduros de macaúba no Banco de Germoplasma de Macaúba (BAG) na Unidade de Ensino, Pesquisa e Extensão de Araponga da Universidade Federal de Viçosa. Posteriormente, os frutos foram levados para o laboratório de pós-colheita de Macaúba no Setor de Fruticultura da UFV, onde foram limpos, classificados, pesados, secos e despolpados. Os frutos foram quebrados deixando apenas um terço da casca e secos em estufa vertical de ar forçado. Os tratamentos foram compostos por três temperaturas e três tempos de secagem em diferentes combinações; T1: 100°C por 12 horas; T2: 100°C por 24 horas; T3: 100°C por 3 horas + 70°C por 3 horas + 50°C por 18 horas). Os frutos foram processados na usina piloto de macaúba nas instalações da empresa Acrotech S.A, em Viçosa-MG. A extração do óleo foi realizada em prensa manual a frio. Após a extração foi extraída uma alíquota de 5mL para análise de estabilidade oxidativa pelo método Rancimat (temperatura 100ºC). Foi constatado que a retirada de ⅔ do epicarpo favorece a perda de umidade dos frutos, bem como alta temperatura inicial e a diminuição gradativa da mesma ao longo do tempo favorece para uma melhor estabilidade oxidativa. Os frutos do T1 demandaram maior tempo de despolpa em relação aos demais e grande parte do endocarpo ficou aderida e a polpa extraída não apresentou sinais de queima ou escurecimento. No T2 o processo de despolpa foi o mais rápido e a polpa foi retirada quase na sua totalidade, no entanto, a sua aparência foi de coloração marrom escuro, com sinais de queima do material. Em T3 a retirada da polpa foi melhor em relação a T1 e inferior a T2, sendo observado ainda mesocarpo aderido ao endocarpo, a polpa tinha sinais satisfatórios de cor, umidade e aroma. O tempo de indução do óleo da polpa apresentou diferenças entre os tratamentos, sendo o maior detectado em T3, em T1 o valor médio, e em T2 foi observado o menor tempo médio. Ficou constatado que a retirada de ⅔ do epicarpo é eficiente para reduzir a umidade dos frutos da macaúba quando comparado com frutos intactos e trincados e o choque térmico ajuda diretamente no desprendimento do mesocarpo com a polpa. O método de secagem através de estufa de ar forçado foi ineficiente sendo necessárias outras alternativas de secagem que sejam mais eficientes.
Palavras-chave Pós-colheita, Palmeira, Fruticultura
Forma de apresentação..... Vídeo
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