ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Extensão |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Medicina veterinária |
Setor |
Departamento de Veterinária |
Bolsa |
Não se Aplica |
Conclusão de bolsa |
Não |
Primeiro autor |
Vitor Vieira de Resende Souza |
Orientador |
ERNANI PAULINO DO LAGO |
Título |
Exérese de Carcinoma De Células Escamosas e Vulvoplastia Reconstrutiva para evitar cesariana em uma vaca no terço final da gestação. |
Resumo |
O carcinoma de células escamosas (CCE) é um câncer que acomete os animais domésticos e seu principal fator predisponente nos bovinos é a exposição prolongada à luz solar. Essa neoplasia cutânea tem uma relevante incidência na região anatômica vulvar dos bovinos. Vacas que apresentam a vulva despigmentada são predispostas a desenvolver a displasia em idade não necessariamente avançada. Este relato de caso descreve o procedimento cirúrgico de exérese seguida de uma vulvoplastia reconstrutiva de um CCE vulvar exteriorizado e ulcerado, medindo 30 cm de largura em um bovino fêmea da raça holandesa no terço final da gestação. A cirurgia foi realizada na fazenda escola da Universidade Federal De Viçosa (UFV) durante a aula da disciplina de VET 347 do curso de medicina veterinária orientada pelo professor Ernani Paulino Lago. A vaca apresentava o carcinoma causando deformação completa da região vulvar e perineal, com risco de distocia por obstrução da via fetal pelo tumor. O procedimento de cesariana para intervenção da distocia é mais predisposto a complicações e mortalidade Diante do quadro clínico do animal, optou-se por realizar a cirurgia de exérese do carcinoma e vulvoplastia reconstrutiva. O procedimento cirúrgico foi conduzido com o paciente de jejum alimentar e hídrico de 12 horas, a antibioticoprofilaxia foi realizada pela via intravenosa na base farmacológica de oxitetraciclina 40 mg/kg 60 minutos antes da incisão da pele. A analgesia preemptiva foi feita com flunixin meglumine 1.1mg/kg e estendida durante 3 dias de pós-operatório, onde também foi realizado o bloqueio loco-regional no espaço peridural com 20 mg do anestésico local cloridrato de bupivacaína 0,5%. O preparo do campo operatório foi realizado com sutura de bolsa de tabaco do esfincter anal, seguido pela antissepsia do sítio cirurgico e colocação de campos operatórios. A incisão foi circunscrevendo a tumoração com o máximo de margem possível seguida pela dissecação da massa por divulsão romba. O tumor invadiu totalmente a vulva e o períneo do paciente, sendo necessário a reconstrução da mesma região. A mucosa do canal da vagina foi recrutada e avançada caudalmente para encontro da epiderme e subcutâeo, sendo criada uma nova vulva a partir de suturas de sustentação e gerando união da mucosa com a pele da região peri vulvar e peri anal. As suturas foram realizadas com fios de sutura de poliglactina 910 número 2. Uma amostra do tumor foi coletada e fixada com solução de formol tamponado a 10% e encaminhado para histopatologia. A cirurgia obteve sucesso, permitindo a remoção do tumor e a reconstrução da vulva e do períneo. Após 20 dias da cirurgia, a vaca foi capaz de parir uma bezerra com êxito. Este trabalho ilustra a importância da exérese do tumor seguida de vulvoplastia reconstrutiva como uma alternativa viável para evitar a cesariana. Resultando no nascimento saudável da bezerra e a intervenção cirúrgica adequada dando um prognóstico melhor para a vaca. |
Palavras-chave |
neoplasia, cirurgia oncológica, oncologia |
Forma de apresentação..... |
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