"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 20009

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História
Setor Departamento de História
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Giovanna Martins da Silva
Orientador ANGELO ADRIANO FARIA DE ASSIS
Outros membros Roberta Guimarães Franco Faria de Assis, Rodrigo Garcia Barbosa
Título Dissonâncias no Atlântico de língua portuguesa: temporalidades, mentalidades e circularidade cultural entre Brasil, Portugal e Angola
Resumo Esta pesquisa transdisciplinar desenvolve diálogos entre História e Literatura, visa demonstrar a posição articuladora do Brasil no cenário Atlântico entre América-Europa-África, e pretende analisar como a circularidade cultural entre Brasil, Portugal e Angola é influenciada pela conjuntura intelectual/artística do centenário da Independência brasileira (1922). Para comparar as temporalidades e mentalidades que constituem essas dinâmicas coloniais e pós-coloniais, evidenciam-se: 1) os impactos que a independência política brasileira e sua projeção de uma nova realidade nacional causam em Portugal, que, ao perder esse domínio, tem de repensar seu lugar na Europa e sua imagem de império, passando a concentrar-se nos domínios africanos; 2) as implicações geradas pela independência brasileira nas antigas colônias, como Angola, que torna-se uma alternativa após a perda do Brasil e passa a ser um território efetivamente ocupado nos moldes da colonização portuguesa na América; 3) os movimentos de redefinição cultural que se intensificam no Brasil em 1922, em que os modernistas exploram novas formas de pensar a história da cultura brasileira e reinterpretam a ideia de emancipação, pensada, não em termos políticos e econômicos, mas em termos de autonomia intelectual e artística, anunciando o fim da posição de inferioridade no diálogo com Portugal; 4) a formação do modernismo português, que ocorre após o advento da República (1910), se estende até o final do Estado Novo (1974), e estabelece diálogo com a vanguarda brasileira; 5) e a influência do modernismo brasileiro na produção cultural e nas lutas políticas angolanas, desde o fortalecimento de uma imprensa e de uma literatura nacional, até os movimentos de libertação da segunda metade do século XX, o que indica uma abertura de caminhos, a partir da experiência brasileira, para a autonomia cultural e para a projeção da independência angolana. A metodologia contempla duas áreas: a História Conectada, que apoia a compreensão das dinâmicas entre os espaços observados; e a Literatura Comparada, devido ao caráter de parte da documentação selecionada. Algumas delas são textos ensaísticos, obras literárias e outros objetos culturais, como filmes. Entre as fontes, destacamos, do Brasil: Revista Klaxon, Revista do Brasil, Revista de Antropofagia e Correio Paulistano; de Angola: Mensagem (Revista de Cultura Angolana) e o Diário de Lisboa; de Portugal: Revista Renascença, Revista Orpheu, e dois documentários portugueses: “Deus, Pátria, Autoridade” (1976); e “Fantasia Lusitana” (2010). O estudo dessas fontes nos põe em contato com o trânsito de ideias de nacionalismo, cosmopolitismo e emancipação cultural no Atlântico. Tais redefinições e/ou resgates de heranças são parte das dinâmicas coloniais e manifestam deslocamentos da noção centro-periferia, dado norteador para investigar a tríade da circularidade cultural, envolvida em dissonâncias temporais, espaciais e mentais entre 1922-1974.
Agradecemos o apoio FAPEMIG.
Palavras-chave Modernismo brasileiro, Modernismo Português, Literatura e imprensa angolana
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
Gerado em 0,63 segundos.