"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 20006

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Geociências
Setor Departamento de Solos
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ana Paula Marinho Santos
Orientador ELPIDIO INACIO FERNANDES FILHO
Outros membros Cássio Marques Moquedace dos Santos, Clara Glória Oliveira Baldi
Título Distribuição de nitrogênio do solo no estado de Rondônia
Resumo O Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) é um instrumento importante para o planejamento sustentável de uso e ocupação do solo, tanto no âmbito físico, quanto no socioeconômico de um território. Dos dados presentes em um ZEE têm-se as características químicas dos solos, como a concentração de nitrogênio (N), nutriente de grande importância para a fertilidade do solo, que a depender das práticas de manejo, contribui no aumento da liberação dos gases de efeito estufa. Com isso, objetivou-se caracterizar a distribuição de N no levantamento do ZEE de Rondônia. A distribuição foi realizada a partir de dados legados do ZEE-RO (1996 e 1997), abrangendo valores de N para 2911 perfis de solo. Inicialmente, foi realizada uma curadoria no banco de dados com uso do pacote dplyr em ambiente R, analisando se havia inconsistências quanto às coordenadas geográficas, dados de N e profundidade por perfil de solo. Em seguida, realizou-se uma plotagem da distribuição de N orientada por perfil de solo por meio do pacote tmap no R. A princípio tinha-se 10.898 valores de N em distintos intervalos de profundidades para um total de 2.998 perfis de solo. Após a filtragem, os valores de N foram reduzidos para 10.786 em um total de 2.910 perfis. Uma pequena parte dos perfis se localizavam fora do limite do estado, o que pode ter sido ocasionado por erro de registro com o GPS. A distribuição da amostragem de N tem maior concentração nas partes sudeste e nordeste do estado. Estas áreas fazem fronteira com o estado do Mato Grosso e abrangem regiões de clima mais úmido, sem graves problemas de drenagem e adequados para a agricultura. Por outro lado, há uma escassez de amostragem nas partes sudoeste e centro-oeste do estado, o que pode ser explicado pelas áreas afetada por “friagens”, bem como uma extensa savana aluvial a oeste na fronteira com a Bolívia, o que na época do ZEE não configurava região de grande potencial agrícola. As menores concentrações de N se estendem ao longo da fronteira leste do estado, o que pode ser explicado pelo processo de substituição das florestas pela atividade agropecuária. A maior concentração de valores de N encontra-se na região centro-oeste, noroeste e sudeste, podendo ser explicado por maior cobertura vegetal, e/ou pela presença de Organossolos e Gleissolos nestas áreas. Todavia, os valores de N precisam ser interpretados com cautela, devido a sua grande variância conforme a sazonalidade. Os dados de N do ZEE-RO contém falhas, ocasionando redução de 88 perfis de solos e 112 valores de N em diferentes profundidades, mas representam fonte de embasamento para tomada de decisão. A distribuição de N permitiu interpretar as relações estabelecidas entre configurações físico-químicas e socioeconômica no uso da terra, bem como é capaz de subsidiar tomadas de decisões mais sustentáveis quanto ao uso da terra e mitigação da emissão de gases de efeito estufa.
Palavras-chave ZEE, Linguagem R, Uso e ocupação do solo.
Forma de apresentação..... Vídeo
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