"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19992

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agronomia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Bernardo Espíndola Marques
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros João Gabriel Tardin de Moraes, Leidiana Márcia Ribeiro, Robson Henrique de Faria, Rodrigo Jose de Souza Satolo
Título Cultivares transgênicos de soja Bt de segunda geração apresentam maior letalidade a lagartas Spodoptera?
Resumo A lagarta-do-cartucho, Spodoptera frugiperda, é um inseto-praga polífago que afeta diversas culturas, incluindo a soja. Com o aumento da produção de soja no Brasil, o ataque de S. frugiperda se tornou uma preocupação significativa devido à sua alta taxa reprodutiva, curto ciclo de vida, alta adaptabilidade e capacidade de desenvolver resistência a alguns inseticidas e toxinas Cry de Bacillus thuringiensis (Bt). A soja Bt de primeira geração expressa a proteína ou toxina Cry1Ac, a qual lagartas do gênero Spodoptera são bastante tolerantes. Já a soja Bt de segunda geração expressa duas ou três toxinas Cry, porém a resistência prévia de populações de S. frugiperda pode reduzir a letalidade de cultivares dessa soja às lagartas. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a mortalidade causada por variedades de soja Bt de segunda geração em contrastantes populações de S. frugiperda. Quatro variedades de soja foram cultivadas na área experimental da UFV em Viçosa: convencional (não-Bt), Cry1Ac, Cry1Ac+Cry1F e Cry1Ac+Cry1A.105+Cry2Ab. Durante o experimento, nenhum inseticida foi utilizado. Foram utilizadas lagartas de três populações distintas mantidas em laboratório: Labscreen (suscetível padrão), MTHX F20 (resistente a Cry1) e Bahia Bt (resistente a Cry1 e Cry2). Os bioensaios foram conduzidos utilizando bandejas plásticas com 16 células em cada uma. Foram utilizadas 2 bandejas para cada tratamento, totalizando 32 células. Em cada célula da bandeja, foi adicionado um trifólio de soja, resultando em um total de 32 trifólios por tratamento. Para cada célula da bandeja, foram colocadas duas lagartas de 3º instar, totalizando 64 lagartas por tratamento. Os dados coletados a cada 24 h até 120 h foram submetidos a análise de sobrevivência no software SigmaPlot. O teste Log-Rank foi aplicado para determinar se haviam diferenças significativas de sobrevivência entre os grupos estudados (isto é, populações do inseto e variedades da planta). O teste foi significativo (p<0,001), constatando-se que o cultivar produzindo Cry1Ac+Cry1A.105+Cry2Ab foi o que causou a maior letalidade às lagartas das populações: após 120 h 40% dos insetos sobreviveram na população Labscreen, 60% na MTHX F20 e 80% na Bahia Bt. As demais tecnologias de soja Bt apresentaram baixa letalidade às lagartas de S. frugiperda, até mesmo para a população suscetível, com a maior parte dos insetos sobrevivendo até às 120 h após liberação deles na folhagem. Esses resultados demonstram que as toxinas Bt Cry1Ac+Cry1A.105+Cry2Ab produzidas em cultivar de soja causam mortalidade de lagartas L3 de populações suscetível a Bt ou resistente a Cry1. Assim, a soja Bt de segunda geração deve causa significativa redução populacional de S. frugiperda, sendo essa uma informação importante para o planejamento do manejo de pragas na sojicultura.
Palavras-chave Manejo de pragas, toxicologia, grandes culturas.
Forma de apresentação..... Painel
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