"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19980

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação
Setor Departamento de Serviço Social
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Nathanny Rosa Dias
Orientador LUCIANE ISABEL RAMOS MARTINS
Outros membros Layla Aparecida Pereira
Título O antirracismo no combate à violência de gênero e doméstica
Resumo Historicamente, sabemos que a chegada dos portugueses ao Brasil (Pindorama) em 1500 trouxe consigo diversos elementos que moldaram a realidade do país. Além das doenças e da exploração de recursos naturais, as navegações europeias introduziram costumes socioculturais que se tornaram normatizados na sociedade contemporânea. Um desses costumes é o patriarcado, caracterizado pela predominância do poder masculino na sociedade e na esfera doméstica, o qual contribui significativamente para a perpetuação da violência de gênero e doméstica, bem como para a visão de inferioridade atribuída à mulher. Em 2022, o Brasil registrou um recorde de feminicídios, demonstrando estatisticamente que a cada 6 horas uma mulher foi vítima de assassinato no país, tendo entre estas porcentagens, maiores predominâncias entre as mulheres negras e/ou pardas que representavam a maioria das vítimas, totalizando 66% dos casos em 2020. É nessa conjuntura que o racismo ganha força, uma vez que mulheres negras ou pardas (na qual dentro deste grupo encontram-se os povos indígenas, que sofrem dentro desta categorização racial um processo de apagamento sociocultural e histórico) quando se tornam vítimas de violência, não se tornam notícia, sendo relegadas apenas à condição de estatísticas. Tais casos não geram comoção na grande mídia, sendo noticiados apenas quando as vítimas são retratadas como réus. Refletindo sobre estes dados estatísticos, o Programa de Extensão Casa das Mulheres, por meio do eixo formação, propõe a realização da oficina de “Raça e etnia” em escolas municipais e estaduais e comunidades do município de Viçosa - MG com o objetivo de fomentar temas que transpassam o racismo e que são poucos discutidos, como a gordofobia, ou seja, o olhar do corpo pelo padrão e pelo exótico; a visão que a mídia tem sobre o povo preto e povos indígenas, assim como os estereótipos que ambos carregam. Em todos os espaços que a oficina foi ministrada, os participantes puderam refletir sobre os fatos, entender a necessidade de se combater o racismo e de dar voz e escuta aos que foram e continuam sendo marginalizados e invisibilizados pela história. Diante do êxito das 8 (oito) oficinas concluídas nos espaços citados, o programa pretende realizar um minicurso com esta temática no SIA 2023, ampliando assim, a discussão dentro e fora do espaço acadêmico. É fundamental que a discussão sobre o racismo se torne cotidiana, de modo que possamos reconhecer qualquer ato discriminatório e nos tornar, nas palavras de Angela Davis, "não apenas não racistas, mas antirracistas" em uma sociedade racista.
Palavras-chave violência doméstica, antirracismo, gênero
Forma de apresentação..... Vídeo
Link para apresentação Vídeo
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