"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19963

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Fisiologia
Setor Departamento de Biologia Vegetal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Marcos Bruno Silva Duarte
Orientador WAGNER CAMPOS OTONI
Outros membros Kleiton Lima de Godoy Machado, Lázara Aline Simões Silva
Título Avaliação do desenvolvimento de plantas de Urucuzeiro com superxpressão ou silenciamento do microRNA 156
Resumo O Urucuzeiro (Bixa orellana L.; Bixaceae) é uma planta lenhosa nativa do Neotrópico. É cultivada em todo o mundo, mas foi domesticada pelos povos da Amazônia muito antes da chegada dos europeus. Destaca-se por ser a principal fonte do pigmento apocarotenoide bixina, amplamente utilizado nas indústrias farmacêutica, cosmética e têxtil. Além disso, possui propriedades antimicrobianas e é considerada um corante não tóxico. O urucuzeiro tem rápido crescimento e é um modelo promissor para estudos de desenvolvimento e respostas a estresses bióticos e abióticos. Os RNAs não codificantes, especialmente o microRNA 156 (miR156), desempenham papel central na regulação do desenvolvimento vegetal e na transição de fase, juvenil à adulta. O módulo miR156-SPL (Squamosa promoter binding protein-like) é conservado na maioria das angiospermas e regula a troca de fases, além de estar envolvido na resposta a estresses. Estudos demonstraram que o miR156 também regula a biossíntese de compostos secundários, como sesquiterpenos, flavonoides e carotenoides. O aumento da temperatura global afetará os ciclos de vida das plantas, e o estudo do módulo miR156-SPL em plantas como o urucuzeiro pode fornecer informações importantes sobre sua adaptação aos estresses ambientais. Desta forma, foram geradas plantas transgênicas com expressão aumentada (Oe) e reduzida (STTM) do miR156, controlando dessa forma a expressão de proteínas SPL. O presente trabalho teve por objetivo descrever o crescimento dessas plantas, testando sua estabilidade genética por ensaios de citometria. Foram obtidos 5 clones de linhagens não-transformadas, Oe e STTM, por alporquia. Mensurou-se os números de folhas e de fitômeros, altura do eixo principal, diâmetro do caule, comprimento da terceira folha do eixo principal e a razão de ramificação de 15 em 15 dias, de 0 a 90 dias após transplantio (DAT). Também foram analisados por citometria de fluxo o conteúdo de DNA total de cada uma das linhagens. O número de folhas e fitômeros foi alterado em Oe. Oe demonstrou ter menor altura em todos os pontos de amostragem, já STTM foi maior que Nt apenas aos 45 e 60 DAT. O diâmetro de caule foi menor em OE em todos os pontos amostrados e em STTM, foi maior de 45 a 90 DAT. O comprimento da terceira folha foi menor em OE em todos os dias amostrados e maior em STTM nos pontos 15, 45 e 90. A análise de citometria indicou as linhagens transgênicas apresentaram conteúdo de DNA total de 0,7 pg, portanto sem qualquer alteração quando comparado à linhagem Nt. Resumindo, STTM, demonstrou ter características correlatas com plantas Nt adultas em todos os parâmetros analisados. Tais resultados embasarão os próximos estudos com quantificação de genes relacionados ao desenvolvimento vegetal, formato de folha, maturação de estruturas, entre outros. Além disso, tal estudo abre precedentes para entender-se como plantas juvenilizadas e adultas lidam com estresses como seca, salinidade, inundação, entre outros.
Palavras-chave Superexpressão, Silenciamento, Bixina
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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