"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19959

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Iury Lemos de Freitas
Orientador RENATO NEVES FEIO
Outros membros Clodoaldo Lopes de Assis, João Pedro Fernandes Machado, Maria Clara Freitas Sousa
Título Eficácia da marcação de serpentes por cortes nas escamas ventrais
Resumo A marcação de animais durante estudos é de extrema importância para o reconhecimento de indivíduos já capturados anteriormente. Tal prática varia segundo o grupo de animais a ser estudado. Para serpentes, conforme regulamentado pelos órgãos ambientais, um dos métodos de marcações é feita através de cortes nas escamas ventrais. Porém, para muitas serpentes, não se sabe a duração dessas marcações. Portanto, nosso objetivo é avaliar se as marcações por cortes nas escamas ventrais se mantem a médio prazo em sete espécies de serpentes. Em quatro de maio de 2019, realizamos a marcação por cortes nas escamas ventrais em oito serpentes cativas. Os cortes, com tamanhos de 10 mm, 5 mm e 2mm, foram realizados nas escamas ventrais 10, 12, e 14, contadas a partir da escama cloacal. Marcamos as espécies Boa constrictor (1), Bothrops neuwiedi (2), Bothrops jararacussu (1), Epicrates sp. (1), Pantherophis guttatus (1), Spilotes pullatus (1) e Spilotes sulphureus (1). As marcações foram feitas em espécimes vivos mantidos no serpentário do Museu de Zoologia João Moojen da Universidade Federal de Viçosa (MZUFV). Ao longo do estudo algumas destas serpentes que vieram a óbito, foram fixadas e incorporadas na Coleção Herpetológica do MZUFV. Em B. neuwiedi, P. guttatus e B. constrictor, ainda vivas em cativeiro, foi observado o desaparecimento das marcações em cerca de 4 anos. Da mesma forma, em S. pullatus, com óbito em 2020, S. sulphureus e Epicrates sp., com óbitos em 2022, não apresentaram as marcações. Somente em B. jararacussu, que veio a óbito no mesmo ano em que os cortes foram realizados, foi observada a presença das marcações. Isso provavelmente ocorreu devido as diversas mudas realizadas ao longo do tempo. A literatura apresenta casos onde o corte realizado na escama ventral, se feita retirando completamente a camada tegumentar até alcançar a região muscular, resulta em uma cicatriz permanente, que não foi observado no presente estudo. Dessa forma, nosso estudo apontou que a utilização de cortes nas escamas ventrais é mais indicada para pesquisas a curto prazo, devendo ser evitada para trabalhos de médio a longo prazo. Além disto, os animais não apresentaram infecções e nem sinais de alteração de comportamento em função destas marcações.
Palavras-chave Serpentes, marcações, escamas ventrais.
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
Gerado em 0,64 segundos.