"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19944

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Economia
Setor Departamento de Economia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Pedro Vítor Mourao Ribeiro Peres
Orientador JERUZA HABER ALVES DOS SANTOS
Outros membros Bernardo Malatesta Barros, IGOR SANTOS TUPY, Larissa Cazute Ribeiro
Título Racionalidade, preferências e tomada de decisão na criação de startups
Resumo A tomada de decisão na criação de startups é um processo complexo que envolve diversos fatores, desde a percepção de oportunidades até as preferências e características individuais dos empreendedores. O desenvolvimento tecnológico e econômico é relacionado com o surgimento dessas empresas. Sendo assim, para compreender o processo de criação de empresas de base tecnológica é necessário explorar as características do empreendedor e como é a sua tomada de decisão.
A descoberta e exploração de oportunidades nas startups são influenciadas por diversos fatores, como as fontes de informação disponíveis, o processo de descoberta, a precificação, mensuração e a competência dos empreendedores. Sendo essa percepção de oportunidades influenciada por características individuais além de suas propriedades cognitivas.
No entanto, a tomada de decisão dos empreendedores nem sempre é racional. As evidências apontam que vieses cognitivos, como o excesso de confiança e a ilusão de controle, podem distorcer a maneira como os empreendedores avaliam as situações. O excesso de confiança leva os empreendedores a superestimar suas habilidades e as chances de sucesso, levando a um excesso de entrada de empresas no mercado e aumentando o risco de falência (Camerer 1999). A ilusão de controle faz com que os empreendedores ajam como se tivessem controle sobre situações parcialmente ou completamente aleatórias, levando-os a tomar decisões baseadas em percepções equivocadas de controle (Langer 1975).
Nesse sentido, o objetivo da pesquisa é analisar em que medida o pressuposto da racionalidade presente na teoria microeconômica neoclássica se aplica no processo de tomada de decisão de agentes empreendedores, com destaque para a abertura de empresas de base tecnológica, em que estão envolvidos altos riscos e incertezas.
Além dos aspectos cognitivos, as preferências e motivações não pecuniárias dos empreendedores desempenham um papel importante na tomada de decisão. As preferências por autonomia na tomada de decisões, flexibilidade de horários, diversidade de tarefas e o desejo de evitar restrições impostas por grandes instituições são alguns dos fatores que levam os empreendedores a buscar a criação de suas próprias empresas. A satisfação no trabalho é frequentemente associada à autonomia e ao senso de controle proporcionados pelo empreendedorismo (Hundley 2001).
Embora a criação de startups seja uma atividade desafiadora esses e outros autores apontam que a possibilidade de obter retornos significativos não é a única explicação para a criação das startups, é preciso considerar os benefícios não pecuniários, assim como vieses cognitivos.
Em resumo, a tomada de decisão na criação de startups é influenciada por uma interação complexa entre fatores cognitivos e motivacionais. Compreender esses processos é essencial para promover o desenvolvimento econômico e tecnológico, bem como para auxiliar os empreendedores na criação e no crescimento de suas empresas.
Palavras-chave Economia Comportamental, Empreendedor, Startup
Forma de apresentação..... Painel
Link para apresentação Painel
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