ISSN | 2237-9045 |
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Instituição | Universidade Federal de Viçosa |
Nível | Graduação |
Modalidade | Pesquisa |
Área de conhecimento | Ciências Humanas e Sociais |
Área temática | Comunicação |
Setor | Departamento de Comunicação Social |
Bolsa | Não se Aplica |
Conclusão de bolsa | Não |
Apoio financeiro | Outros |
Primeiro autor | Adrielle Christine Mariana de Souza |
Orientador | MARIANA LOPES BRETAS |
Outros membros | Maria Cláudia Barros Cabral, Mariana Ribeiro de Souza |
Título | A carência da coleta seletiva sob a perspectiva do racismo ambiental: detalhamento sobre o bairro Bom Jesus, Viçosa - Minas Gerais |
Resumo | O termo "racismo ambiental" (JUNIOR, 1981) descreve o racismo que expõe as comunidades a aterros sanitários e resíduos tóxicos. Ele enfatizou que as políticas ambientais tendem a excluir as minorias na formulação, aplicação e gestão das medidas sanitárias. Os mais vulneráveis, incluindo negros e comunidades de baixa renda, muitas vezes são relegados a áreas instáveis, enfrentam riscos ambientais e não têm acesso a serviços básicos como água e saneamento (ROLNIK,1988). O estudo realizado buscou identificar e evidenciar a falta de coleta seletiva para os moradores do bairro Bom Jesus, Viçosa - Minas Gerais demonstrando a rejeição frente a comunidade mais vulnerável, suscetível a enfrentar riscos ambientais atrelados as conceituações sobre racismo ambiental que enfatiza como a falta de política ambiental permeia o meio ambiente de comunidades minoritárias. As relações de estudo foram voltadas ao contexto do bairro de Bom Jesus em Viçosa, Minas Gerais. Observamos os problemas acima relacionados ao racismo geográfico e ambiental. A falta de coleta seletiva nesta área indica a falta de políticas adequadas de gerenciamento de resíduos. Essa realidade reflete a discriminação espacial no planejamento urbano. Os subúrbios de baixa renda são muitas vezes ignorados pelas autoridades e pouco investidos em infraestrutura e serviços básicos. Esses problemas socioambientais afetam desproporcionalmente as comunidades marginalizadas, inclusive as de origem racial e étnica. A análise foi baseada no levantamento de dados segundo da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Viçosa (ACAT) e da Associação dos Trabalhadores da Usina de Triagem e Reciclagem de Viçosa (Acamare). A empresa responsável pelo recolhimento do lixo é o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa, SAAE, uma autarquia municipal com personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa, econômico-financeira, técnica e patrimônio próprio. Foram observados 3 pontos que indicam a presença de racismo ambiental da cidade de Viçosa, Minas Gerais: Localização e exposição a riscos ambientais: O bairro Bom Jesus foi invadido e ocupado sem infraestrutura adequada. Essa ocupação sem planejamento criou uma área desfavorecida com condições de vida precárias, riscos à saúde e degradação ambiental. Falta de serviços básicos e infraestrutura: A carência de serviços essenciais, como coleta adequada de resíduos sólidos, pode ser devida à exclusão sistemática de comunidades étnicas e minoritárias na formulação de políticas ambientais, diz Chaves. Segregação socioespacial: A descrição da situação no bairro Bom Jesus também aponta para o isolamento social e espacial devido aos altos índices de violência, precárias condições de vida e falta de áreas de lazer. Essa segregação socioespacial é resultado da ação seletiva do poder público e, como aponta Raquel Rolnik, contribui para o surgimento de espaços segregados porque favorece certas regiões e prejudica outras. |
Palavras-chave | Racismo Ambiental, Coleta seletiva, Segregação socioespacial |
Forma de apresentação..... | Painel |
Link para apresentação | Painel |
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