"Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável"

24 a 26 de outubro de 2023

Trabalho 19918

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Comunicação
Setor Departamento de Comunicação Social
Bolsa Não se Aplica
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro Outros
Primeiro autor Adrielle Christine Mariana de Souza
Orientador MARIANA LOPES BRETAS
Outros membros Maria Cláudia Barros Cabral, Mariana Ribeiro de Souza
Título A carência da coleta seletiva sob a perspectiva do racismo ambiental: detalhamento sobre o bairro Bom Jesus, Viçosa - Minas Gerais
Resumo O termo "racismo ambiental" (JUNIOR, 1981) descreve o racismo que expõe as comunidades a aterros sanitários e resíduos tóxicos. Ele enfatizou que as políticas ambientais tendem a excluir as minorias na formulação, aplicação e gestão das medidas sanitárias. Os mais vulneráveis, incluindo negros e comunidades de baixa renda, muitas vezes são relegados a áreas instáveis, enfrentam riscos ambientais e não têm acesso a serviços básicos como água e saneamento (ROLNIK,1988). O estudo realizado buscou identificar e evidenciar a falta de coleta seletiva para os moradores do bairro Bom Jesus, Viçosa - Minas Gerais demonstrando a rejeição frente a comunidade mais vulnerável, suscetível a enfrentar riscos ambientais atrelados as conceituações sobre racismo ambiental que enfatiza como a falta de política ambiental permeia o meio ambiente de comunidades minoritárias. As relações de estudo foram voltadas ao contexto do bairro de Bom Jesus em Viçosa, Minas Gerais. Observamos os problemas acima relacionados ao racismo geográfico e ambiental. A falta de coleta seletiva nesta área indica a falta de políticas adequadas de gerenciamento de resíduos. Essa realidade reflete a discriminação espacial no planejamento urbano. Os subúrbios de baixa renda são muitas vezes ignorados pelas autoridades e pouco investidos em infraestrutura e serviços básicos. Esses problemas socioambientais afetam desproporcionalmente as comunidades marginalizadas, inclusive as de origem racial e étnica.
A análise foi baseada no levantamento de dados segundo da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Viçosa (ACAT) e da Associação dos Trabalhadores da Usina de Triagem e Reciclagem de Viçosa (Acamare). A empresa responsável pelo recolhimento do lixo é o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Viçosa, SAAE, uma autarquia municipal com personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa, econômico-financeira, técnica e patrimônio próprio.
Foram observados 3 pontos que indicam a presença de racismo ambiental da cidade de Viçosa, Minas Gerais: Localização e exposição a riscos ambientais: O bairro Bom Jesus foi invadido e ocupado sem infraestrutura adequada. Essa ocupação sem planejamento criou uma área desfavorecida com condições de vida precárias, riscos à saúde e degradação ambiental. Falta de serviços básicos e infraestrutura: A carência de serviços essenciais, como coleta adequada de resíduos sólidos, pode ser devida à exclusão sistemática de comunidades étnicas e minoritárias na formulação de políticas ambientais, diz Chaves. Segregação socioespacial: A descrição da situação no bairro Bom Jesus também aponta para o isolamento social e espacial devido aos altos índices de violência, precárias condições de vida e falta de áreas de lazer. Essa segregação socioespacial é resultado da ação seletiva do poder público e, como aponta Raquel Rolnik, contribui para o surgimento de espaços segregados porque favorece certas regiões e prejudica outras.
Palavras-chave Racismo Ambiental, Coleta seletiva, Segregação socioespacial
Forma de apresentação..... Painel
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